Acusado de abuso sexual e violência doméstica, MARILYN MANSON vê o caso arquivado por prescrição das alegações e insuficiência de provas.
O cantor MARILYN MANSON, cujo nome verdadeiro é Brian Warner, não vai enfrentar qualquer acusação criminal relacionada com as alegações de abuso sexual e violência doméstica que têm marcado a sua carreira nos últimos anos. A decisão foi anunciada esta sexta-feira, 24 de Janeiro, pelo procurador do Condado de Los Angeles, Nathan Hochman. De acordo com informações divulgadas pela Associated Press, Hochman justificou a decisão com dois factores principais: as alegações ultrapassarem o prazo de prescrição e a insuficiência de provas que permitissem sustentar as acusações em tribunal.
“Determinámos que as alegações de violência doméstica caem fora do prazo de prescrição, e, além disso, não conseguimos provar as acusações de abuso sexual para além de uma dúvida razoável,” disse Hochman. Apesar do arquivamento, o procurador destacou a coragem das mulheres que apresentaram os relatos. “Reconhecemos e aplaudimos a coragem e a resiliência das mulheres que avançaram para fazer denúncias e partilhar as suas vivências, e agradecemos a sua cooperação e paciência durante esta investigação,” acrescentou.
As acusações remontam ao período entre 2009 e 2011, tendo a investigação sido formalmente iniciada em 2021. Nenhuma das mulheres envolvidas no caso foi identificada pelos procuradores, embora a actriz Esmé Bianco, conhecida pela série Game of Thrones, tenha confirmado publicamente a sua participação na investigação. Bianco já tinha processado MARILYN MANSON numa acção cível, resolvida fora dos tribunais.
Em Outubro passado, numa conferência de imprensa, Bianco criticou a inércia do anterior procurador George Gascón e detalhou as suas alegações. “Há quase quatro anos, fiz o que se espera de vítimas de violação: fui à polícia. Descrevi-lhes, em pormenor agonizante, como o músico Brian Warner — mais conhecido pelo nome artístico MARILYN MANSON — me violou e abusou ao longo da nossa relação,” afirmou.
O caso ganhou destaque em Fevereiro de 2021, quando a actriz Evan Rachel Wood, ex-namorada de MARILYN MANSON, o acusou publicamente de abuso. “Estou aqui para expor este homem perigoso e denunciar as indústrias que o permitiram, antes que ele destrua mais vidas. Estou ao lado das muitas vítimas que não ficarão mais em silêncio,” declarou Wood na altura. As alegações de abuso provocaram uma interrupção abrupta na carreira de MARILYN MANSON, afastado da sua editora discográfica e de alguns projectos de representação.
Ainda assim, o cantor retomou a sua actividade em 2024. Juntou-se em digressão aos Five Finger Death Punch e regressou aos palcos em grande forma, assinou contrato com a Nuclear Blast Records e lançou o álbum «One Assassination Under God – Chapter 1». Mais recentemente, MARILYN MANSON anunciou uma digressão como cabeça de cartaz na América do Norte, agendada para a Primavera de 2025. Até ao momento, o músico não emitiu qualquer declaração sobre o arquivamento das acusações contra si.