Ashley Morgan Smithline, uma das mulheres que acusou MARILYN MANSON de abuso sexual e emocional, retratou-se oficialmente das suas alegações, dizendo que outra das acusadoras, a actriz Evan Rachel Wood, a “manipulou” de forma a implicar o artista. Inicialmente, a modelo acusou Manson — nascido Brian Warner — de agressão num artigo da revista People, no qual detalhou vários casos de abuso explícito ao longo do relacionamento de dois anos do casal. As alegações foram feitas uns meses depois de Wood, outra ex-companheira do músico, ter revelado a sua própria experiência angustiante com Manson, levando mais de dez outras mulheres a fazerem o mesmo. No entanto, Ashley veio agora a público — através de uma declaração apresentada pelos advogados de Manson — dizer que o abuso nunca aconteceu e que “sucumbiu à pressão de Evan Rachel Wood e dos seus associados para fazer acusações de violação e agressão contra o Sr. Warner que não eram verdadeiras.”
Na declaração, Smithline recorda um encontro com Wood e outras acusadoras de Manson — incluindo a actriz Esmé Bianco e Ashley Walters, uma ex-assistente de Manson, — e foi-lhe perguntado se tinha sofrido o mesmo abuso que elas. A resposta da modelo foi, segundo a própria, negativa, tendo assegurado não ter partilhado as suas experiências, mas terá sido alegadamente informada de que podia não se recordar desses acontecimentos traumáticos. “Embora eu soubesse inicialmente que o Sr. Warner não fazia essas coisas comigo, acabei por começar a questionar se realmente o fazia ou não”, diz Smithline. “Em várias ocasiões, a Sra. Wood, a Esmé Bianco e outras pessoas disseram-me que essas coisas tinham acontecido à Sra. Wood e à Sra. Bianco; fui questionada várias vezes em relação a se as mesmas coisas também tinham acontecido comigo; e disseram-me que podia estar apenas a lembrar-me mal o que aconteceu ou até a reprimir as memórias do que aconteceu — algo que, segundo me disseram, acontece às pessoas contra quem esses actos são perpetrados.” A modelo afirma ainda que o seu advogado, Jay Ellwanger, que também esteve envolvido no caso de Bianco, apresentou uma queixa legal sem a analisar com ela, e que a queixa contém declarações falsas sobre o artista. Ellwanger diz que as alegações de Smithline são “categoricamente e comprovadamente falsas“.
Entretanto, um dos representantes legais de Eval Rachel Wood já negou veementemente as observações de Smithline numa declaração à Billboard, explicando que “a Evan nunca pressionou ou manipulou a Ashley. Aliás, foi a Ashley que contactou inicialmente a Evan sobre o abuso que tinha sofrido. É lamentável que o assédio e as ameaças que a Ashley tem recebido depois de dar início ao seu processo legal pareçam tê-la pressionado a alterar o seu testemunho”. Uma coisa é certa, esta declaração de Smithline vem ajudar, e muito, o processo de difamação de Manson contra Wood ainda em curso, que afirma que a actriz e a sua equipa “recrutaram, coordenaram e pressionaram secretamente possíveis acusadoras a surgirem simultaneamente” com falsas acusações. Recorde-se que o processo Smithline vs. Manson foi arquivado no início do ano passado depois de Ellwanger deixar de representar a modelo, que não conseguiu contratar um novo advogado dentro da janela temporal indicada pelo tribunal.