Esta semana marca o 30.º do primeiro espectáculo de sempre dos MACHINE HEAD, e o frontman Robb Flynn publicou uma memória divertida para assinalar a ocasião. Recuando ao dia em que aconteceu esse concerto histórico, que teve lugar na cidade natal de Flynn, Oakland, na Califórnia, a 15 de Agosto de 1992, o músico, que hoje é o único elemento original da banda, observa uma situação um tanto ou quanto caótica. “Há 30 anos, os Machine Head deram o primeiro espectáculo numa festa numa casa na Woolsey Street, em Oakland, CA“, escreveu Robb Flynn na sua conta pessoal no Instagram. “Dizer que foi uma festa numa casa talvez não seja a forma mais correcta de descrever o que se passou… O nosso amigo Mike Scum ia ser despejado, por isso, para foder o senhorio, fez uma ‘festa de destruição da casa’ com os Machine Head como banda-sonora. Esse tipo de cenas não eram propriamente uma novidade para mim. Na altura em que estava nos Forbidden os primeiros concertos que fizemos foram em festas em quintais, festas em salas de estar e centros comunitários. A verdade é que havia sempre uma vibração totalmente louca nesses espectáculos, e eu queria recriar essa sensação, especialmente porque alguns dos meus rapazes ainda eram ‘verdes’ e estavam a fazer os seus primeiros concertos de sempre. Tinha o Tony Costanza na bateria, o Logan Mader na guitarra e o Adam Duce no baixo.“
O músico continua: “Do outro lado da rua onde o Mike vivia havia uma infame casa punk, a The Woolsey House, e o pessoal que vivia lá apareceu em massa e tomou parte na destruição. Digamos que foram enfiados vários martelos naquelas paredes. Comprámos vários barris de cerveja, e passámos um bom bocado. Eventualmente a polícia acabou por aparecer, e eu fui orgulhosamente à porta com a minha t-shirt que dizia ‘fuck the police’, e recusei-me a deixá-los entrar porque não tinham autoridade para o fazer. Convenhamos, foi uma forma infernal de dar início a esta viagem“. Flynn termina a sua publicação a agradecer aos seus fãs e notando que novo álbum dos MACHINE HEAD está mesmo ao virar da esquina — «ØF KINGDØM AND CRØWN» vai ser editado a 26 de Agosto. “É um bocado exasperante que eu esteja prestes a lançar um novo álbum daqui a duas semanas, e que ainda haja quem se interesse pela banda“, diz ele. Os MACHINE HEAD surpreenderam recentemente o público do festival Bloodstock, no Reino Unido, ao assinarem um espectáculo surpresa e vão regressar à Europa no Outono para uma digressão com os AMON AMARTH, que passa pelo Campo Pequeno, em Lisboa, no dia 9 de Outubro.
O sucessor de «Catharsis», de 2018, incluirá as três canções que foram apresentadas no single «Arrows In Words From The Sky» do ano passado; a saber «Become The Firestorm», «Rotten» e «Arrows In Words From The Sky». A maior parte do disco foi captada nos estúdios Sharkbite, em Oakland, na Califórnia, com o produtor Zack Ohren. Em entrevista à Primordial Radio no passado mês Fevereiro, Jared MacEachern, o baixista dos MACHINE HEAD, falou sobre as suas contribuições para o novo álbum, dizendo: “Penso que, desde o primeiro dia, sempre estive muito consciente de que o Robb [Flynn, guitarra/voz] é o líder da banda. Ele é o líder criativo, o líder musical… Todos damos o nosso contributo, mas pela forma como as coisas correm, penso que sempre se percebeu que, em última análise, as decisões finais cabem a ele. Mas, sim, contribui definitivamente fiz e sinto-me muito satisfeito com o que fiz“. Naquilo que toca à direcção musical dos novos temas, o músico explicou que o álbum é “álbum bastante grande, com uma sonoridade muito épica.” No final de 2020, os MACHINE HEAD lançaram um single intitulado «My Hands Are Empty», que marcou a primeira colaboração musical entre Flynn e Logan Mader, o guitarrista original do grupo, em 24 anos.