Um dos países fortes do metal europeu, a Finlândia já foi responsável pela exportação de vários nomes lendários da história da música pesada, e entre os maiores e mais importantes, estão sem dúvida os Amorphis. Os autores de «Tales From The Thousand Lakes» regressam este ano aos álbuns de originais com um «Queen Of Time» que promete marcar uma época da vida do sexteto nórdico, e face à ocasião, fomos a Helsínquia para conversar cara a cara com os músicos e também com Jens Bogren, o produtor sueco que assumiu papel de destaque na concepção deste disco. São seis páginas de boa cavaqueira, ao longo das quais a alma e o coração dos Amorphis estão bem explanados. Mas há mais na LOUD! de Maio! A saber:
– Os Filii Nigrantium Infernalium explicam-nos tudo. Mesmo tudo, em geral, pela sapiência universal das suas palavras. E em particular, tudo sobre a nova «Hóstia», sobre o também novo «Fellatrix» (que “não é uma regravação, é a gravação original, feita a posteriori”, para que conste), sobre a Osmose, e sobre os patamares do metalismo profundo. E sempre com uma bíblia em cima da mesa. Literalmente.
– Menos espalhafatosos verbalmente, mas compensando com as novas fatiotas (a sério, vão lá ver as fotos mais recentes), os Dimmu Borgir também regressam ao fim de alguns anos sem discos. A coisa nova chama-se «Eonian», e o Silenoz já está preparado para a crítica. Diz ele que as pessoas agora nem esperam para ouvir o disco do princípio para o fim antes de começar a mandar bocas. Bem vindo a 2018 nas redes sociais, amigo norueguês.
– Quem não tem paciência nenhuma para as redes sociais é o Lee Dorrian. Tanto que fez um malhão chamado «Social Media Whore» no disco novo dos Septic Tank UK, uma estreia discográfica para uma banda que foi criada meio na brincadeira há 25 anos atrás. E que conta com a formação final quase toda dos Cathedral, e toca crust furioso à Discharge com laivos de Celtic Frost. Há coisas que nem inventadas.
– Porrada de nível semelhante, se bem que mais negra e mais metalizada, é-nos proporcionada pelos AURA NOIR [official]. O nosso caríssimo luso-residente Rune Eriksen, que tem tido imensa actividade nos últimos tempos, voltou a sentar-se connosco para uma bela conversa. O objectivo dos Aura Noir? Esse continua igual – fazer os riffs mais feitos e as batidas mais sujas de sempre!
– Tesourinho Pertinente de pertinência avultada este mês, com o nosso Emanuel Ferreira a homenagear o tristemente desaparecido Killjoy através de um belo textinho sobre o «Season Of The Dead» dos Necrophagia (official), que urge (re)descobrir urgentemente.
– O underground nacional, encabeçado nesta edição pelos já referidos Filii, claro (já vos dissemos que há neste número uma foto do Belathauzer e do Helregni num carrosel?), tem muitas mais ramificações também: fomos visitar os Asimov que estão a gravar um disco novo, conversámos com os Toxikull, que têm alguns dos pseudónimos mais fixes de sempre, também com os brutais Basalto, cuja formação (“um viseense, um açoriano e um brasileiro entram numa sala de ensaios…”) parece o início de uma anedota hilariante, e despedimo-nos dos Inverno eterno, que se vão também despedir até à eternidade num último concerto dia 26 (Inverno Eterno // Black Howling // Gaerea – RCA Club, é de ir). Fomos também traçar o percurso que levou os INFRAKTOR ao novo álbum, «Exhaust». Ah! E o Filipe Correia dos CONCEALMENT / Wells Valley fez-nos uma mixtape de gosto musical absolutamente refinado, e os Mordaça atiraram-se como que num stagedive para o desafio do LOUD! DJ, que ultrapassaram com classe. Para além disso, fomos conhecer melhor a nova theDEADstore, nova iniciativa do grande Jó Dos Theriomorphic.
– Não vos cansamos mais com palavreado, porque senão só acabamos isto no dia 2 e nesse dia já têm vocês que estar na rua para comprar efectivamente a revista. Mas fiquem a saber que ainda há Violation Wound, Five Finger Death Punch, Satanic Surfers, Godsmack, Angelus Apatrida, Bad Wolves, Kataklysm, e uma catrefada de reportagens de concertos e festivais, críticas a discos, e o diabo a sete. Ou melhor, o diabo a 2 de Maio, nas bancas. Se já forem assinantes, só precisam de se levantar do sofá para ir buscar a revista à caixa do correio. Se forem assinantes digitais, nem precisam de sair do sofá, é só pegar na vossa engenhoca digital de eleição.
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