KVERLERTAK

KVELERTAK: O vídeo-clip de «Morild» é, na verdade, uma curta-metragem [streaming]

Híbrido de vídeo-clip e curta-metragem, «Morild» resultou de mais uma muito bem sucedida colaboração dos KVELERTAK com o cineasta Fredrik S. Hana.

Os KVELERTAK, que são assumidamente a nossa banda norueguesa favorita de punk adjacente ao black metal e adoradora do rock clássico, lançou o seu mais recente longa-duração, «Endling», no passado dia 8 de Setembro numa colaboração entre a Rise Records e Petroleum Records. Hoje, na sequência de dois concertos esgotados em Oslo no fim de semana passado, o grupo lançou a sua ambiciosa representação visual para o single «Morild», que, como podes conferir no player em baixo, resultou um híbrido de clip de rock mais longo que o normal e uma curta-metragem, com realização do talentoso Fredrik S. Hana.

Como nenhum quadro é repetido, o «Morild» pode bem ser visto como uma jornada explosiva e contínua de colírio visual, banhado pelas imagens belas, sombrias e violentas criadas pelo Fredrik, 100% inspiradas na música dos Kvelertak”, explica o guitarrista Vidar Landa. “Em alternativa, podem procurar e interpretar os temas líricos que inspiraram o nosso mais recente álbum: homem vs. natureza, folclore local, ganância e a morte inevitável de tudo o que conhecemos.

Hana, por seu lado, acrescenta: “«Morild» é o quarto vídeo-clip que faço para os Kvelertak, começando com «Mjød» em 2010, que foi sucedido por «Månelyst» em 2013 e «1985» em 2016… Aprecio realmente a nossa colaboração e a liberdade criativa que eles me oferecem. Isso inspira-me a almejar cada vez mais alto e a ultrapassar os limites.

Com «Morild», que existe entre um vídeo-clip e uma curta-metragem, quis dar tudo de mim. Passámos mais de seis meses a filmar, a fazer tudo meticulosamente à mão, desde a animação stop-motion até trabalhos em miniatura e efeitos. Espero que os fãs dos Kvelertak se divirtam e possam apreciar o amor (e o sangue e as lágrimas) que colocamos nisto”, conclui o realizador.

Desde 2007 que os noruegueses KVELERTAK andam por aí a combinar a ferocidade do metal extremo com ganchos clássicos do rock e, como é natural, não só gozam de grande popularidade no seu país natal como têm uma excelente reputação entre os apreciadores de riffs doentios um pouco por todo o mundo.

Formados em Stavander ao longo da sua primeira década de existência, os músicos construiram uma reputação de respeito ao vivo e assinaram três álbuns aplaudidos de forma unânime – «Kvelertak», «Meir»«Nattesferd». Com a sua mistura de rock, punk e black metal, algo ao jeito de uns Turbonegro a fazerem versões dos Darkthrone na sala de ensaios dos Refused, são garantia de atuações explosivas, alicerçadas em melodias antémicas para entoar em uníssono.

Em 2018, os KVELERTAK sofreram aquele que foi o maior revés da sua carreira, com cantor de longa data Erlend Hjelvik a decidir abandonar a banda para se aventurar numa carreira em nome próprio. No entanto, apostados em seguir caminho, os músicos chamaram Ivar Nikolaisen para o lugar deixado vago atrás do microfone, não perderam o ritmo e, com o lançamento de «Splid», mostraram ter saído ilesos da contenda.

Agora, três anos depois, o colectivo voltou finalmente à acção com um novo registo de longa-duração, que já podes escutar na íntegra no player em baixo. Intitulado «Endling», o segundo LP dos KVELERTAK com Nikolaisen como vocalista, foi editado hoje, dia 7 Setembro, via Petroleum Records / Rise Records e, desta vez, mostra a banda a experimentar algumas texturas novas, como o uso de sintetizadores e piano.

No «Endling», contamos as histórias dos homens e mulheres extintos e moribundos da Noruega. Velhos e novos mitos, cultura e rituais, tudo ganha vida — este é o folclore que não encaixa no conceito de uma série de TV. Vikings e trolls são para a televisão. Isto é a vida a sério“, diz o guitarrista Vidar Landa sobre um LP que mostra a banda em plena forma, e a rockar em todos os cilindros.