Os roqueiros germânicos KISSIN’ DYNAMITE “aterraram” na edição de 2024 do MILAGRE METALEIRO OPEN AIR com um proverbial estrondo.
No passado dia 5 de Julho, os roqueiros alemães KISSIN’ DYAMITE regressaram às edições, literalmente, “com um estrondo!”. «Back With A Bang!», o oitavo álbum de estúdio da banda sucedeu a «Not The End Of The Road», que alcançou a 2.ª posição na tabela de vendas de álbuns na Alemanha, foi recebido com elogios unânimes por parte dos fãs e da imprensa, motivando uma digressão de Verão que, no passado Domingo, fez uma paragem no MILAGRE METALEIRO OPEN AIR.
Formados corria o ano 2006, enquanto os seus membros ainda estavam na escola, os KISSIN’ DYNAMITE são o cantor Johannes “Hannes” Braun, Ande Braun e Jim Müller nas guitarras, Steffen Haile no baixo e Andi Schnitzer na bateria. O quinteto começou rapidamente a compor, a gravar as primeiras canções e a enviar demos para editoras no final de 2007 e, no ano seguinte, lançaram logo o álbum de estreia, «Steel Of Swabia». Seguiram-se tours com bandas como os STEEL PANTHER e actuações em festivais como o lendário Wacken Open Air.
A formação dos KISSIN’ DYNAMITE manteve-se inalterada até 2022, quando Schnitzer decidiu seguir um caminho diferente, sendo rapidamente substituído por Sebastian Berg, que se juntou à banda mesmo a tempo de participar nas gravações de «Not The End Of The Road». Dois anos volvidos, com novo álbum na bagagem e uma década após terem-se estreado em Portugal no saudoso Paradise Garage, recebemos por fim a banda de regresso ao nosso país. Os músicos não se fizeram rogados: assinaram uma actuação sem mácula.
Resultado, quem foi embora depois da actuação dos AMORPHIS, perdeu um concerto digno de estádio cheio com 80 mil pessoas. Os músicos liderados por “Hannes” Braun apresentaram-se em palco como se fossem a maior banda de rock do mundo e, apoiados em grandes canções e poses cliché que, goste-se ou não, resultam sempre, apresentou um espectáculo que pode parecer coreografado ao milímetro, mas que se revelou bastante eficaz.
O início incendiário com «No One Dies A Virgin» e «Sex Is War» estabeleceu de imediato o andamento para o que se seguiria, com a bateria sólida de Berg, junto aos acordes pesados e um solo estridente de Müller, a trazer de imediato à memória o glam rock/metal da Sunset Strip nos 80s. Com a voz de Braun a provocar, simultaneamente, um sorriso e um arrepio, não há como negar que este foi um bom começo.
Como habitual no seu estilo, o alinhamento apresentou uma avalanche de ritmos contagiosos e melodias cativantes, perfeitas para elevar a energia durante dias quentes como os que se viveram no último fim de semana em Pindelo Dos Milagres. As canções sucedem-se, são cativantes, cheias de balanço e antémicas de forma que é impossível resistir-lhes, mostrando que uma banda como os KISSIN’ DYNAMITE compõe deliberadamente música de alta octanagem, uma fórmula que aprimoraram ao longo dos seus oito LPs de estúdio.
Numa sequência dominada por escrita cativante, execução impecável e linhas vocais de qualidade, «The Devil Is A Woman», de «Back With A Bang!» foi um grande momento, com “Hannes” a dividir o público a meio para cantar. Em «DNA», mesmo após um longo dia, ainda vimos a maioria do público presente a saltar. Dúvidas restassem, os KISSIN’ DYNAMITE revelaram uma compreensão bastante profunda do que faz o bom glam funcionar…
Entusiasmo desenfreado e sincero, “ganchos” que aprisionam o público e refrões que se consomem com enorme facilidade e rapidez, como um pacote do vosso snack favorito. A terminar, «Not The End Of The Road» e «Raise Your Glass», com Johannes “Hannes” Braun, bem apoiado nas pernas do guitarrista e do baixista da banda a emular a pose tornada famosa pelos Scorpions, os KISSIN’ DYNAMITE ainda levaram o público à loucura.