Provavelmente, não é aquilo de que vocês estão à espera, mas o lendário KERRY KING explica tudo tintim por tintim.
KERRY KING, o famoso guitarrista dos SLAYER, revelou à Metal Hammer o que acha ser a chave para o grande sucesso comercial dos METALLICA. E, segundo o músico californiano conhecido pelos seus solos estridentes, tem tudo a ver com as melodias. KERRY KING afirmou que a música assinada por Hetfield, Ulrich e companhia sempre teve uma qualidade mais “comum” e que foi isso que realmente os impulsionou para o sucesso, enquanto os SLAYER sempre estiveram no lado mais sombrio e não tão atraente para as massas.
“Eles foram, muito provavelmente, os melhores com as melodia, sejam vocais ou nas harmonias de guitarra“, disse Kerry. “Claro, nós também tínhamos harmonias de guitarra, mas ainda estavam do lado sombrio, enquanto que no caso dos Metallica era mais… Bem, não quero fazer com que soe reles por causa disto, mas era mais música para todos. Como disse, não quero dizer isto de uma forma barata; mas era mais fácil para as pessoas do que os tons mais obscuros dos Slayer e a visão lírica mais sombria.”
Com boa disposição, KERRY KING acrescentou ainda que os METALLICA escreveram coisas de que qualquer um poderia gostar sem fazer grandes questões. “Tendo em que as pessoas provavelmente anda a perguntar-se se é correcto gostarem de nós há décadas, está aí uma grande diferença“, rematou.
KERRY KING, lendário guitarrista dos SLAYER, deu início à sua primeira digressão norte-americana como cabeça de cartaz com a sua banda homónima, no dia 15 de Janeiro deste ano. O primeiro espectáculo da rota decorreu no Regency Ballroom, em S. Francisco, e contou com uma poderosa actuação que revisitou clássicos dos SLAYER, versões dos IRON MAIDEN e uma vasta selecção de temas do seu LP de estreia, o muito aplaudido «From Hell I Rise».
A nova banda de KERRY KING, que se estreou no ano passado em festivais europeus como o EVILLIVƎ FESTIVAL e numa digressão de apoio aos LAMB OF GOD e MASTODON, inclui músicos de peso: Paul Bostaph, dos SLAYER, ocupa o lugar de baterista, Kyle Sanders, ex-HELLYEAH, é o baixista, Phil Demmel, ex-MACHINE HEAD, ocupa-se da segunda guitarra e Mark Osegueda, dos DEATH ANGEL, é o vocalista. No concerto de ontem, os cinco músicos apresentaram um alinhamento robusto de 19 temas, incluindo 12 das 13 faixas de «From Hell I Rise».
O repertório incluiu ainda cinco clássicos dos SLAYER — a saber, «Repentless», «Disciple», «At Dawn They Sleep», «Raining Blood» e «Black Magic» —, além de versões de «Purgatory» e «Killers», dois originais dos IRON MAIDEN, que surpreenderam os fãs. O espectáculo contou também com actuações dos MUNICIPAL WASTE, veteranos do crossover thrash, e dos ALIEN WEAPONRY, jovem promessa do metal oriunda da Nova Zelândia, que aqueceram o público antes da entrada de King e companhia em palco.
O primeiro registo em nome próprio de KERRY KING foi editado a 17 de Maio de 2024, e manteve 100% inalterado o tipo particular de poder contundente, letras incisivas e ataque sonoro que caracterizaram os álbuns mais recentes da sua banda raiz, que, de forma algo surpreendente, regressou recentemente aos palcos. “É a melhor sensação que já tive. Haverá alguns rostos esmurrados”, atirou KING ainda antes da chegada de um dos álbuns mais esperados de 2024. “Acho que as pessoas vão compará-lo aos SLAYER. Não tenho medo disso porque acho que se compara a tudo o que fizemos na nossa história, musicalmente e em termos de prestação.“