JAMES LABRIE, dos DREAM THEATER, diz-se radiante por ter reatado a sua amizade com MIKE PORTNOY

Os DREAM THEATER e Mike Portnoy, baterista e membro fundador da banda norte-americana, separaram-se em 2010 e demorou mais de uma década a voltar a colaborar com os seus ex-companheiros de banda. Em 2020, juntou-se ao guitarrista John Petrucci no álbum a solo deste último e, uns meses depois, voltou a trabalhar com Petrucci e com o teclista Jordan Rudess num novo álbum do projecto LIQUID TENSION EXPERIMENT. Já este ano, foi assistir ao seu primeiro concerto dos DREAM THEATER como fã e até visitou a banda nos bastidores, naquilo que pareceu um muito aguardado reencontro de todos. Agora, numa entrevista recente com o Sonic Perspectives, o vocalista James LaBrie falou sobre esse espectáculo e revelou que fez as pazes com Portnoy. O cantor diz que não lhe foi dada muita atenção ao facto do ex-baterista estar presente no concerto, mas acabou que acabou por decidir que já chegava de estarem às avessas e que estava na altura de voltarem a ser amigos. O que, se tivermos em conta que ambos são responsáveis por tanta música influente, é de louvar. “Toda a gente conhece a minha história com o Mike”, começou por dizer Labrie. “O que foi mais triste em toda aquela temporada em que eu e o Mike não estávamos de acordo é que, há muito tempo lá atrás, quando os Dream Theater começaram, naquela fase do «Images And Words» e do «Awake», éramos os melhores amigos. Depois a relação começou a deteriorar-se , por várias razões. Os detalhes não importam, mas a verdade é que começámos a ter problemas um com o outro.

Recordando o reencontro com o baterista, em Nova Iorque, no início do ano, o músico diz que “cerca de duas horas antes do concerto, o meu manager enviou-me uma mensagem de texto, disse-me que o Mike ia estar presente e que queria voltar a ver-me. E eu fiquei totalmente desorientado, não queria acreditar que ele me estava a largar aquilo no colo escassas horas antes de subir ao palco para cantar frente a não sei quantos milhares de pessoas em Nova Iorque. No entanto, é claro que fiquei a pensar nisso e, acreditem ou não, fui caminhar um bocado por Nova Iorque. Não demorei muito tempo a chegar à conclusão que já chegava de estarmos naquela situação. Já há ódio suficiente no mundo; já há negatividade suficiente no mundo. Se o Mike queria vir ver-me e fazer as pazes, então eu devia ser receptivo“. Aparentemente, foi o guitarrista John Petrucci que serviu de mediador entre os dois. “A dada altura, o John perguntou se o Mike podia vir dizer-me olá e eu disse que sim. Tivemos uma conversa bastante longa e muito boa. Fizemos as pazes, depois demos um abraço e até tirámos uma foto juntos“. LaBrie acrescentou ainda que está num ponto da sua vida em que não quer andar por aí a carregar negatividade nos ombros, “simplesmente não vale a pena“, diz ele. “Ainda no outro dia o Mike me escreveu uma mensagem a dar os parabéns pelo Grammy, por isso… Sim, é óptimo termos a nossa amizade de volta”. Falamos uns com os outros, conversamos e todas essas coisas que os amigos fazem. E esse é o tipo de mundo em que eu quero viver, por oposição à negatividade, ao ódio e ao raio que os parta“. Podes ouvir a entrevista, em inglês e na íntegra, no player em cima.