De forma não particularmente surpreendente, Jon Schaffer, o líder e timoneiro dos ICED EARTH, está desaparecido e incontactável, numa altura em que o Procurador-Geral de Washington, D.C. continua à procura do guitarrista que, em Janeiro de 2021, participou nos motins no Capitólio. De acordo com um novo artigo publicado pelo The Republic, os representantes legais têm tentado encontrar o músico para o notificarem pessoalmente que o Distrito de Columbia está a tomar medidas contra ele relacionadas com a Insurreição, mas não têm tido sucesso na sua missão. O artigo avança que já foram feitas 25 tentativas em vão para chegar a Schaffer em sete endereços locaizados em três estados estados diferentes, mas o guitarrista dos ICED EARTH tem conseguido evadir continuamente as autoridades que o procuram há vários meses. Recorde-se que, em Dezembro de 2021, Karl Racine, o Procurador-Geral de Washington D.C., deu entrada de um processo no tribunal federal para processar 31 pessoas, entre as quais se inclui Schaffer, na tentativa de recuperar os milhões de dólares que foram gastos a 6 de Janeiro de 2021 na defesa do Capitólio contra o ataque premeditado que tentava anular as eleições presidenciais.
advogado de Jon Schaffer, guitarrista e mentor dos ICED EARTH, afirmou recentemente que o seu cliente passou por grandes dificuldades durante os três meses em que esteve detido na penitenciária do condado de Marion, nos Estados Unidos. O músico esteve preso entre Janeiro e Abril deste ano depois de ter participado na invasão ao Capitólio, em Washington. Estas novas informações foram obtidas pelo Indianapolis Star a partir dos relatos de Marc J. Victor, responsável pela defesa do músico, à justiça norte-americana, bem como dos relatórios da própria penitenciária. Segundo o jornal, o advogado alega que alguns dos outros detidos ameaçaram e atiraram fezes e urina ao músico, que estava numa cela separada, conforme apontado pelas autoridades. Em Março, Victor disse a um juiz federal: “O meu cliente, que é presumidamente inocente, acabou de passar por dois meses de inferno“. Por sua vez, os relatórios da prisão do condado de Marion apontam que, durante esses meses, Schaffer foi mantido sempre em “segregação administrativa“, sendo que a ideia era preservar a sua integridade, já que se tratava de um músico conhecido. Mesmo assim, depois das alegações do advogado, o guitarrista foi transferido para outro bloco. Na altura, depois de ter tido problemas com outro preso, o próprio músico já tinha relatado directamente às autoridades que “temia pela sua segurança pessoal“. A transferência ocorreu a 7 de Março e, no dia seguinte, Schaffer relatou ter sido alvo de ameaças de morte por parte de três outros detidos. Jon Schaffer encontra-se em liberdade desde Abril e aguarda agora o julgamento do seu caso.
Schaffer foi o primeiro réu detido pela invasão ao Capitólio norte-americano a admitir seus crimes, com o músico declarar-se culpado de duas das seis acusações que enfrenta. Procurado pelo FBI depois de ter sido identificado numa fotografia divulgada pelos meios de comunicação, Jon Schaffer entregou-se às autoridades no dia 17 de Janeiro de 2021, onze dias após a invasão ao Capitólio. Na ocasião, um grupo de apoiantes de Donald Trump entrou sem permissão no local, cometendo uma série de crimes e alegando, sem provas, que a eleição presidencial vencida por Joe Biden foi alvo de fraude. De acordo com vários meios de comunicação, Schaffer chegou a um acordo de cooperação com as autoridades, de forma a evitar uma pena mais dura. A ideia é que o músico revele outros detalhes a respeito da conspiração que levou à insurreição do dia 6 de Janeiro, incluindo delatar outros responsáveis e participantes que estavam ao seu lado. Em reacção a essas informações, Dee Snider partilhou o link para um artigo recente da CNN com o título “Guitarrista de heavy metal é o primeiro do tumulto no Capitólio americano a assumir culpa” e, como comentário, escreveu o seguinte: “Este pedaço de m*rda é uma vergonha para a comunidade do metal! Primeiro, tratou de nos envergonhar a todos com as suas acções terroristas na capital, depois tornou-se um rato e vai entregar os seus companheiros na tentativa de ter uma sentença mais leve. Faz-te homem! Assume as m*rdas que fazes! Quem comete um crime, deve cumprir a pena”.