H.E.A.T.

H.E.A.T. + CRAZY LIXX @ RCA Club, Lisboa | 05.11.2023 [reportagem]

No passado Domingo, os suecos H.E.A.T. e CRAZY LIXX protagonizaram um concerto de hard rock verdadeiramente arrebatador no RCA Club, em Lisboa.

Os fãs nacionais de hard rock melódico deslocaram-se em peso ao RCA Club no passado Domingo, 5 de Novembro, para receberem de braços bem abertos duas das melhores bandas do género na actualidade. Após terem feito a estreia em Pindelo dos Milagres no ano passado, esta foi a primeira vez que os suecos H.E.A.T. actuaram em nome próprio por cá e, verdade seja dita, assinaram um concerto arrebatador. Os conterrâneos CRAZY LIXX, por seu lado, também já tinham passado por Portugal, mas tendo em conta o número de pessoas que se encontrava na sala lisboeta à hora a que subiram ao palco, este regresso era igualmente muito aguardado.

Eram exactamente 21:00 quando os CRAZY LIXX deram então início à sua prestação e, assim que soaram os primeiros acordes de «Whiskey Tango Foxtrot», rapidamente se percebeu que iríamos assistir a uma bela noite de rock. A entrega dos músicos foi total, principalmente por parte do baixista Jens Anderson, que raramente esteve quieto durante toda a actuação. O alinhamento inclui apenas oito temas, dos quais se destacaram «Silent Thunder», «Walk The Wire», «21 Til I Die» e, mesmo a fechar, «Never Die (Forever Wild)».

Já os H.E.A.T. deixaram a plateia completamente rendida, principalmente com a entrega em palco do vocalista Kenny Leckremo que saltou, correu, voltou a saltar e cantou… MUITO! Uma pessoa quase fica cansada só de ver o bom do Kenny em acção. A banda deu início ao concerto ao som de «Demon Eyes», do mais recente «Force Majeure», que serviu de mote a esta digressão ibérica por parte da banda sueca.

«Rock Your Body» e «Hollywood» foram os temas que se seguiram e, por esta altura, o grupo já estava a jogar em casa. Como é óbvio, não faltaram também êxitos como «Living On The Run» ou «Breaking The Silence» e, em «Beg Beg Beg», até houve direito a cantoria por parte do público que, diga-se, entoou em uníssono a grande maioria dos temas ao longo da noite.

Na recta final do espectáculo houve ainda tempo para «Point Of No Return», «Back To The Rhythm» e «Dangerous Ground», um daqueles temas que continuará certamente a figurar nos alinhamentos dos H.E.A.T. por muitos mais anos, mas o término efectivo chegou com «A Shot Of Redemption». Na verdade, pouco mais há a acrescentar… Os H.E.A.T. assinaram uma actuação imaculada, pautada pela entrega total dos músicos e do público, na qual ficou provado uma vez mais que os suecos são mestres nas melodias e na nobre arte de escrever grandes canções. Ficamos a aguardar um regresso em breve; quem sabe, após o lançamento do próximo disco de estúdio.