Guilherme Henriques começou por ganhar notoriedade no universo headbanger através da realização de vídeo-clips. A sua reputação cresceu exponencialmente depois de, tendo saído de Aveiro em direção à Invicta, concluir a sua licenciatura em Comunicação Audiovisual e Multimédia da Universidade Lusófona do Porto. “Como qualquer jovem de 20 anos, por muitas ambições e sonhos que possamos ter, temos que ter os pé assentes na terra e enfrentar o mercado de trabalho e a realidade para lá dos muros da universidade. Coisa que fui tentando atravessar, ao longo dos três anos em que estive a estudar, com vários projectos cinematográficos, artes performativas com a videoarte incorporada“, explicou Guilherme à Arte Sonora, em 2017. As viagens multiplicaram-se e o seu trabalho já chega, além de Portugal, à Eslovénia, Itália, Espanha, Dinamarca, França, Suécia, Noruega, Alemanha, Taiwan e Austrália, entre outros. A diversidade de línguas é colmatada por uma só linguagem musical: o realizador tem trabalhado apenas com bandas de metal.
Enquanto prossegue essa carreira, abraçou também a carreira musical. Os GAEREA são a mais reconhecida das suas bandas. Em 2016, lançaram um EP homónimo pela Everlasting Spew Records e, em 2018, estrearam o seu primeiro álbum «Unsettling Whispers» pela Transcending Obscurity Records. Em 2020, voltaram a surpreender com o seu segundo álbum, «Limbo», lançado pela editora Season of Mist. Entretanto, o terceiro LP, «Wondering The Abyss», já foi anunciado, ainda sem data oficial, mas com edição apontada ainda este ano novamente através da independente francesa. Depois de já ter andado pela Europa nos primeiros meses do ano, a banda está agora prestes a iniciar um périplo pelo Reino Unido e o seu Verão será marcado pela passagem por alguns dos maiores festivais de metal da Europa, que que são exemplos o Wacken Open Air, Hellfest e Resurrection Fest. Por sua vez, os OAK e a Season of Mist assinaram contrato para edição do próximo álbum do duo portuense, constituído por Pedro Soares, na bateria, e Guilherme Henriques na guitarra e voz. O segundo disco da banda já estará pronto, tendo sido gravado nos Stone Sound Studios, sob a batuta de Ricardo Oliveira.
O reconhecimento que chega agora da ESP Guitars é de inteira justiça e não deixa de ser um feito marcante para a música extrema nacional. Henriques é adepto de guitarras ESP desde sempre, usando alguns dos modelos mais económicos LTD desde as primeiras notas de black metal dos GAEREA ou do death/doom dos OAK, nomeadamente modelos LTD Deluxe EC1000, incluindo uma Vintage Black (já modificada com a ponte estabilizadora de afinação EverTune) que podem ver em acção no vídeo disponível no player em cima; uma versão Black Metal (os modelos barítonos de um só humbucker); e uma das recentes versões EverTune BB – os modelos de 2021 – entretanto alvo de actualizações no catálogo de 2022.
[via ROMA INVERSA]