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EXODUS: Steve “Zetro” Souza reage à sua saída — “NÃO SAÍ, FUI DESPEDIDO”

A inesperada reviravolta na formação dos EXODUS tem dado que falar bastante entre os fãs e, sem papas na língua, Steve “Zetro” Souza abordou recentemente o assunto nas redes sociais.

STEVE “ZETRO” SOUZA quebrou recentemente o silêncio após a sua saída dos EXODUS, esclarecendo que não tomou a decisão de deixar a banda, tendo sido, isso sim, afastado pelos seus ex-companheiros. A revelação surgiu numa troca de comentários no Instagram, onde o vocalista respondeu às dúvidas dos fãs, reforçando que a decisão partiu do grupo e não dele.

O anúncio da separação foi feito no dia 15 de Janeiro pelos próprios EXODUS, que confirmaram a saída de Souza e o regresso de Rob Dukes, vocalista que ocupou o cargo entre 2005 e 2014. No comunicado oficial, a banda de São Francisco não aprofundou as razões da mudança, mas agradeceu a “Zetro” pelos seus anos de serviço e, claro, celebrou o regresso de Dukes:

“Agradecemos ao Steve pelos anos à frente da banda e por toda a música incrível que fizemos juntos nesse período. Desejamos-lhe apenas o melhor para o futuro e muito sucesso em tudo o que fizer daqui para a frente. E, por favor, deem as boas-vindas de volta ao Rob Dukes! Estamos muito entusiasmados por tê-lo de volta para destruir tudo como só ele sabe.”

Agora, Souza revelou que, ao contrário do que os EXODUS disseram, a separação não foi propriamente amigável. Na verdade, o vocalista esclareceu que foi despedido da banda. “Se vocês lerem a declaração oficial da banda com atenção, está lá escrito que os Exodus se separaram do Zetro, não diz que o Zetro se separou dos Exodus!”, escreveu ele, acrescentando depois: “Eu não saí, fui despedido!“.

A relação de Steve Souza com os EXODUS tem sido marcada por altos e baixos ao longo das décadas. O vocalista entrou na banda pela primeira vez em 1986, após sair dos LEGACY (o projecto que mais tarde se transformaria nos TESTAMENT). Permaneceu até 1993, ano em que o grupo entrou em hiato. Quando os EXODUS regressaram em 2002, “Zetro” voltou à formação, mas a relação foi curta, terminando de forma abrupta em 2004.

Nessa altura, a saída de Souza foi particularmente tumultuosa, levando Gary Holt a fazer duras críticas ao vocalista. O guitarrista não escondeu o seu desagrado, acusando “Zetro” de colocar questões financeiras à frente da banda e de se recusar a viajar para realizar concertos. O guitarrista chegou a chamá-lo de “lixo humano” e afirmou que o vocalista se queixava constantemente sobre a divisão dos lucros e sobre o seu posicionamento em fotos promocionais.

A vaga deixada por Souza foi então ocupada por Rob Dukes, que liderou a banda por quase uma década, gravando quatro álbuns: «Shovel Headed Kill Machine», de 2005, «The Atrocity Exhibition… Exhibit A», de 2007, «Let There Be Blood», de 2008, e «Exhibit B: The Human Condition», de 2010. Depois, em 2014, os EXODUS decidiram trazer “Zetro” de volta, com o regresso do cantor a resultar nos álbuns «Blood In, Blood Out» e «Persona Non Grata», de 2021. Agora, com o regresso de Dukes, a banda inicia um novo capítulo e já garantiu que o seu próximo álbum continua a tomar forma.

Apesar da saída conturbada, Souza parece estar focado em novos projectos. Recentemente, insinuou que pode estar a contribuir para o próximo álbum dos TESTAMENT, banda com a qual tem laços históricos e, com os EXODUS a seguirem em frente com Rob Dukes e um novo disco no horizonte, resta saber qual será o seu próximo passo e, claro, se a sua versão dos acontecimentos acabará por vir a público com mais detalhes.