Entre a ferocidade do death metal e a melancolia do grunge, os norte-americanos ENTHEOS revelam um novo capítulo criativo.
Os ENTHEOS acabam de lançar «Empty On The Inside», o primeiro tema inédito de 2025 e o ponto de partida simbólico para uma nova fase na sua trajectória. A canção chega acompanhada de um vídeo-clip realizado por Malcolm Pugh, com Mark Lewis — conhecido pelo trabalho com os CANNIBAL CORPSE e DEVILDRIVER — a assumir a produção e a mistura do tema. O lançamento coincide com um momento especial: a estreia da primeira digressão do grupo como cabeças de cartaz na América do Norte.
A vocalista Chaney Crabb descreve o novo single como uma espécie de libertação emocional e viragem estética. “A «Empty On The Inside» é uma canção crua e catártica sobre derramar toda a tua alma em algo que acreditas que te vai trazer alguma realização, mas que, no fim, apenas te deixa vazio. São os Entheos na sua forma mais pura, expandindo o nosso som em direcção ao grunge e ao metal alternativo. Este tema marca verdadeiramente o início de uma nova era para a banda.”
Conhecidos pela sua abordagem técnica e progressiva ao death metal, os ENTHEOS, que são uma dupla formada por Chaney Crabb e Navene Koperweis, têm vindo a explorar novas direcções sonoras desde o aclamado álbum «Time Will Take Us All» de 2023. Nesse disco, a banda já deixava entrever uma vontade de cruzar a precisão do metal mais extremo com uma sensibilidade mais melódica e introspectiva.
Agora, com «Empty On The Inside», esse impulso evolui de forma mais evidente, mergulhando em texturas um pouco densas, guitarras arrastadas e uma carga emocional que remete tanto para o grunge dos anos 90 como para o metal alternativo moderno. A presença de Mark Lewis na produção reforça a densidade e o equilíbrio do som: sempre agressivo, mas envolvente; técnico, mas emocionalmente muito directo.
O vídeo-clip, filmado sob direção de Malcolm Pugh, traduz visualmente esse contraste — uma narrativa de conflito interno e libertação, entre sombras, ruído e introspecção. Portanto, para os fãs, a «Empty On The Inside» pode bem funcionar como mais do que uma canção isolada. O tema surge como o primeiro sinal de que os ENTHEOS estão a preparar algo maior — talvez um novo longa-duração ou, pelo menos, uma reinvenção artística que promete ampliar o alcance da banda.
A digressão norte-americana, que arranca esta semana, será o primeiro teste à recepção deste novo som em palco. A intensidade vocal de Chaney Crabb e a precisão instrumental de Koperweis continuam a ser o núcleo da identidade dos ENTHEOS, mas agora com uma paleta emocional bastante mais ampla e uma abordagem menos confinada pelas convenções do metal extremo técnico. Resultado: com esta «Empty On The Inside», os norte-americanos ENTHEOS mostram que a brutalidade também pode ser vulnerável — e que a honestidade artística, mesmo quando nasce do vazio, é o que realmente preenche.















