“Se as pessoas ficam ofendidas, então o problema é das pessoas que ficam ofendidas”, diz SILENOZ, o guitarrista dos DIMMU BORGIR.
Sven Atle Kopperud, também conhecido como Silenoz, guitarrista e um dos elementos fundadores dos DIMMU BORGIR, participou no podcast da Chaoszine, foi questionado sobre o que pensa sobre artistas que usam as suas plataformas para expressarem opiniões políticas. “Tudo tem o seu lugar, mas não acho que os artistas devam concentrar-se muito na política“, começou por dizer o músico norueguês. “Mas, ao mesmo tempo, as pessoas e os artistas não deviam ter medo de falar o que pensam, porque isso é o que há de bom nos músicos e em quaisquer outros artistas, porque são seres criativos.”
“Li alguém que dizia que se és elegível para votar, então deves poder expressar a tua opinião sobre as coisas e eu concordo com isso“, continuou a guitarrista dos DIMMU BORGIR. “Sou totalmente contra qualquer tipo de censura ou qualquer coisa parecida. Acho que as pessoas devem ter permissão para dizer o que querem, devem ser capazes de dizer o que querem. E, se as pessoas ficam ofendidas, então o problema é das pessoas que ficam ofendidas. Tens a escolha de querer ficar ofendido ou não.” Podes conferir a conversa completa em baixo.
Silenoz falou recentemente com o FaceCulture sobre o progresso das sessões de composição para o próximo álbum da banda. O muito aguardado sucessor de «Eonian», editado em 2018, oito anos após «Abrahadabra», não tem tido um parto fácil e o músico começou por falar precisamente sobre o facto da banda estar a demorar cada vez mais tempo para lançar música nova.
“Seria muito fácil fazermos uma segunda parte do «Enthrone Darkness Triumphant» e poderíamos ter feito álbuns assim a cada dois ou três anos, mas, sejamos honestos, qual seria o ponto de fazermos um LP quase idêntico ao que alguns fãs classificam como um clássico?“, começou por explicar o guitarrista, que é um dos principais compositores dos DIMMU BORGIR.
“Essa seria obviamente a saída mais fácil e também o caminho de menor resistência. E isso também seria, aos meus olhos, o momento em que nos estaríamos a vender, porque íamos fazer algo menos desafiador e lucrar com isso. Nós nunca trabalhámos assim; nunca fizemos concessões e levamos sempre o tempo que consideramos necessário para finalizar um álbum.”
Sobre uma possível linha temporal para o lançamento do próximo álbum dos DIMMU BORGIR, Silenoz diz que a banda já estabeleceu prazos, mas não se comprometeu com qualquer data. “Já estabelecemos um cronograma, sim“, começou por esclarecer o músico. “É óbvio que não é nada definitivo ainda, mas acho que é bom termos prazos para trabalhar, sobretudo numa altura em que já temos umas seis, sete, oito canções prontas, com linhas vocais e todas essas coisas. Vamos retomar o processo agora, por isso as coisas estão a ir bem, sem dúvida. Sou suspeito, mas está tudo a soar muito bem.“
Em Dezembro, após dois álbuns de originais muitíssimo bem-sucedidos, «Abrahadabra» e «Eonian», de 2010 e 2018, os DIMMU BORGIR deram continuidade às celebrações das suas primeiras três décadas de legado com o lançamento de uma colectânea das versões que gravaram ao longo dos anos.
Apropriadamente intitulado «Inspiratio Profanus», este novo lançamento dos DIMMU BORGIR surge na sequência da versão remisturada do clássico «Puritanical Euphoric Misanthropia», que chegou às lojas e plataformas de streaming em Outubro de 2022, e de um concerto celebratório de trinta anos de carreira no festival Beyond The Gates, em Bergen.
Com oito temas no alinhamento, «Inspiratio Profanus» inclui reinterpretações da definidora de género «Perfect Strangers», dos roqueiros DEEP PURPLE, da favorita dos fãs «Burn In Hell», dos TWISTED SISTER, e interpretações electrizantes de temas bem conhecidos dos lendários CELTIC FROST, BATHORY e ACCEPT, entre outros. O disco está disponível através da loja virtual da Nuclear Blast.