Will Carroll, o baterista dos DEATH ANGEL, voltou recentemente para casa depois de passar quase duas semanas ligado a um ventilador numa unidade de cuidados intensivos num hospital do norte da Califórnia. O músico, que testou positivo para COVID-19, a doença causada pelo novo Coronavírus, ficou doente depois de ter passado mais de um mês na estrada na Europa como parte da digressão The Bay Strikes Back 2020, que juntou aos DEATH aos TESTAMENT e EXODUS. Numa entrevista recente à KRON-TV, que pode ser vista na íntegra no player em baixo, o músico disse que “soube” que tinha sido infectado enquanto ainda estava em tour no velho continente. “A meio da digressão, as pessoas começaram logo a ficar doentes e a doença foi-se espalhando de uma pessoa para as outras“, disse o baterista. “Depois de ter ficado doente, no terceiro ou quarto dia antes do final da digressão, senti-me bastante afectado e soube que, provavelmente, tinha a COVID. Eu sabia isso.”
De seguida, Carroll afirmou que, depois do último concerto da rota, na Alemanha, ter sido cancelado, os DEATH ANGEL e as outras duas bandas voaram para casa e entraram em quarentena, com o músico a ser hospitalizado alguns dias depois. “A minha febre estava tão alta que nem me lembro da ambulância me buscar“, recordou ele. “Não me lembro da viagem para o hospital. Não me lembro de chegar ao hospital… Tudo isso é um enorme borrão na minha cabeça. Depois, como os meus pulmões estavam a falhar, puseram-me logo em coma e ligaram-me a um ventilador. E fiquei nesse estado durante 12 dias. Digamos que a situação não foi propriamente um piquenique… A dado momento, quando estava em coma, tive uma falha cardíaca. Na verdade, quando mais me contam esses pormenores, mais horrorizado fico. Prefiro não saber. [risos] Disseram-me que, quando cheguei ao hospital, os médicos ficaram em choque e pensaram que eu ia morrer.” Incapaz de andar sozinho quando saiu do hospital, Will está agora a recuperar as suas forças e agradece aos amigos, familiares e fãs por todo o apoio que, segundo ele, tem sido crucial durante este período complicado. “Tenho, definitivamente, uma nova perspectiva da vida e não vou desperdiçar essa segunda chance“, afirma o músico em jeito de despedida. “Aprendi muito com tudo isto e foi, acima de tudo o resto, uma experiência reveladora“. Os DEATH ANGEL passaram a maior parte dos últimos meses em digressão de apoio ao seu mais recente álbum de estúdio, «Humanicide», que foi lançado em Maio de 2019 pela Nuclear Blast.