Uma semana depois do fim da digressão ‘The Screaming of the Americas’, os CRADLE OF FILTH regressam a casa e DANI FILTH quebra o silêncio sobre o futuro da banda.
Foi com o habitual humor negro e ironia cortante que Dani Filth, vocalista e líder dos CRADLE OF FILTH, partilhou um comunicado extenso nas redes sociais, no qual aproveitou para reflectir sobre o regresso da banda do seu périplo por seis semanas pela América do Sul, Central e México. Entre relatos de incidentes improváveis, momentos de exaustão e encontros intensos com os fãs, o músico britânico aproveitou para confirmar que o grupo britânico já se encontra a preparar novo material de estúdio.
“Já passou um pouco mais de uma semana desde que os CRADLE OF FILTH regressaram da digressão The Screaming of the Americas pela América do Sul e Central, e o jet lag está finalmente a desaparecer”, lê-se numa publicação na conta oficial do vocalista no Instagram. “É óptimo estar de volta a casa nesta estação outonal, junto dos meus entes queridos, e também muito bom poder olhar com alguma nostalgia para as seis semanas que passámos a navegar na nossa mais recente aventura (‘aventura’ sendo a palavra-chave aqui).”
Ao longo do comunicado, o Sr. Filth descreve o percurso com uma mistura de exaustão e gratidão, reconhecendo que a viagem esteve longe de ser tranquila. “Houve alguns pontos baixos bem óbvios e obstáculos complicados de contornar ao longo deste caminho, mas a maior parte da digressão foi uma experiência incrível”, confessou, acrescentando que “o melhor de tudo foi poder visitar muitos lugares verdadeiramente belos e tocar para um grande número de fãs”.
O timoneiro dos CRADLE OF FILTH não poupou detalhes sobre as peripécias vividas pela banda durante a digressão, enumerando uma lista que só poderia vir da mente do carismático frontman. “Houve duas substituições de músicos, dois dentes partidos, um passaporte perdido, muitas complicações estomacais alimentadas por tacos, inúmeros hotéis, aeroportos e voos, um único dia de descanso em seis semanas”, escreveu ele.
“Houve também algumas experiências quase mortais, um colapso, quatro tatuagens e um piercing no mamilo, muitas chamadas para o lobby de madrugada, seis choques eléctricos, um ligeiro sequestro, um pneu sabotado, dez mil cafés sul-americanos — disseram-me um trilião de vezes para parar de exagerar! —, zero capivaras, muitos autógrafos (geralmente em aeroportos e centros comerciais) e 23 concertos quentes e brutais.”
Apesar da ironia, o vocalista deixa claro o profundo apreço pelo público latino-americano, descrevendo-o como uma das partes mais memoráveis da experiência. “Milhares de fãs dedicados vieram ver-nos por toda a América do Sul, Central e México. Nós voltaremos!”, garantiu. O comunicado termina com uma nota que, para muitos fãs, soa a promessa: o início de uma nova fase criativa.
“Agora, após uma semana de descanso, voltamos a atiçar as chamas da nossa próxima excreção musical. Estão avisados!”, escreveu Dani Filth, numa frase típica do seu humor mordaz, mas que também serve como confirmação de que os CRADLE OF FILTH já estão a trabalhar num novo disco. O grupo britânico, que nos últimos anos tem mantido uma actividade intensa tanto em estúdio e em palco, continua assim a alimentar a sua longevidade num cenário extremo que ajudou a moldar desde os anos 90.
O último álbum do grupo, «The Screaming of the Valkyries», lançado em Março deste ano, consolidou o estatuto dos CRADLE OF FILTH como uma das forças mais singulares do metal extremo moderno, misturando teatralidade gótica, lirismo literário e uma estética visual inconfundível. Por seu lado, este comunicado de Dani Filth surge num momento em que a banda prepara também várias aparições ao vivo para 2026 e reforça a ideia de que, apesar dos contratempos e constantes mudanças de formação, sendo que as mais recentes muito têm dado que falar, os CRADLE OF FILTH permanecem firmemente activos e criativamente inquietos.















