Já depois de terem iniciado a sua mais recente digressão europeia e terem mostrado ao mundo a sua nova curta-metragem inspirada no vídeo-clip do tema «Nero Forte», os SLIPKNOT deram continuidade ao ciclo de promoção ao seu mais recente álbum e, numa entrevista ao jornal irlandês Irish Times, o vocalista Corey Taylor revelou não concordar com o actual sistema de remuneração adoptado pelas plataformas de streaming. Segundo ele, os números apresentados actualmente não são justos ou rentáveis para os músicos. “Ganhamos menos que centavos“, começa por dizer o músico, que acumula funções nos STONE SOUR. “Tenho amigos que tiveram de desistir da música, e são de bandas populares, porque não conseguiam sobreviver. Para bandas intermédias e inferiores, é muito difícil. Quase que vale mais a pena tocar num pub e cobrar bilhetes à porta. Ganha-se mais dinheiro fazendo isso do que a gravar um disco. As editoras ainda ficam com a maior fatia do bolo“. Quando o jornalista que pediu que desse exemplos concretos, o famoso músico norte-americano afirmou. “A taxa mais baixa é a do YouTube. Cada visualização oferece 0,04% de um centavo. Fazendo as contas rapidamente, num milhão de streams, vamos receber US$ 400. As pessoas não conseguem viver só com isso — e olhem que não há muitos músicos que conseguem atingir esses números. As plataformas de streaming não querem pagar a quem faz as canções e, mesmo assim, ganham biliões de dólares. Compram edifícios gigantescos e não querem pagar a quem lhes deu esse dinheiro. É de loucos. Algo tem de mudar“.