JINJER

«Lo-files» vai ser editado já amanhã, sexta-feira, 11 de Julho, e inclui 23 reinterpretações de alguns dos maiores êxitos dos BRING ME THE HORIZON.

Os BRING ME THE HORIZON continuam a expandir os limites da sua identidade sonora com o anúncio de um novo disco inteiramente dedicado ao universo lo-fi. Intitulado «Lo-files», o registo será editado já esta sexta-feira, dia 11 de Julho, e reúne nada menos do que 23 versões re-imaginadas de alguns dos maiores êxitos da banda britânica.

“Colaborámos com produtores que admiramos na cena lo-fi para lançar um novo projecto discográfico onde reinventámos canções dos Bring Me The Horizon com versões lo-fi. Estas faixas são para relaxares, para te concentrares, para dormires, desligares… o que quiseres”, explicam os músicos num teaser partilhado nas suas redes sociais.

A proposta surge poucos meses depois da edição de «POST HUMAN: NeX GEn», álbum que marcou uma nova fase criativa para os BRING ME THE HORIZON, consolidando uma abordagem híbrida que funde metalcore, electrónica, pop e experimentação. Contudo, Oli Sykes, vocalista e figura central da banda, já tinha dado pistas de que o grupo queria explorar outros caminhos, menos frenéticos, mais contemplativos.

“Escrevemos tanto material para o ‘NeX GEn’… há tantas canções porreiras por aí, e acho que o mundo adoraria ouvi-las”, disse Oli numa entrevista à Kerrang! no final de 2024. “Gostava de lançar talvez uma versão ‘director’s cut’ do disco, ou algo do género. Mas estou a tentar pôr menos pressão em mim mesmo, e não prometer nada!”, acrescentou, entre risos, confessando que depois do último álbum “parecia que iam começar a caçar-me e a pedir resgate!”.

Apesar da ironia, este comentário denota uma vontade crescente por parte do vocalista dos BRING ME THE HORIZON de equilibrar a produtividade criativa com momentos de pausa. Nesse sentido, «Lo-files» surge não como um novo capítulo disruptivo, mas como uma antítese intencional ao maximalismo dos últimos lançamentos. Em vez de riffs explosivos, refrões colossais e produções densas, este novo registo apresenta uma abordagem minimalista, quase meditativa — ajustada ao contexto da música ambiente e do hip-hop mais lo-fi.

A escolha de revisitarem temas antigos neste novo formato levanta expectativa sobre quais serão os 23 incluídos e de que forma a sua essência será preservada ou subvertida. Clássicos como «Can You Feel My Heart», «Sleepwalking», «Drown» ou «Throne» são frequentemente apontados como sérios candidatos, dadas as suas melodias marcantes e potencial de adaptação a novas texturas sonoras.

Açém disso, a colaboração com produtores do universo lo-fi — ainda por identificar — sugere também um interesse genuíno em dialogarem com outras cenas musicais, escapando à categorização habitual do rock alternativo ou do metal moderno. Portanto, trata-se de mais um passo numa trajectória que, desde o início, se tem recusado a ficar estática.