“Espero que façamos um disco dos BIOHAZARD realmente old school e real“, revela Danny Schuler, o baterista das lendas nova-iorquinas.
Corria o Verão do ano passado, a formação original dos BIOHAZARD fez o seu primeiro espectáculo de regresso em mais de 12 anos no lendário Milwaukee Metalfest, que foi recentemente ressuscitado por Jamey Jasta, dos HATEBREED. A banda de Brooklyn tem mais uma série de concertos agendados para este ano — e, confirma-se!, planos para gravarem um novo álbum.
“Reunir-me com os Biohazard depois de doze anos e ver o que todos nós conquistámos sozinhos, ver todas essas coisas incríveis que podemos fazer agora, deixa-me muito esperançoso, optimista e animado para este novo capítulo“, escreveu o baixista/vocalista Evan Seinfeld numa publicação no Instagram. “Mais uma vez, tudo vai ser possível caso acreditemos. Vamos escrever um novo álbum, lançar um documentário, criar uma nova linha de merch e, claro, fazer uma digressão mundial.” Planos e mais planos para esta nova vida, portanto.
Agora, numa nova entrevista ao That Fuzzing Rock Show, Danny Schuler, baterista dos BIOHAZARD, fala sobre a possibilidade de música nova, cortesia da formação clássica reunida da banda. “Não sei como a banda soa agora. Sei como soamos ao vivo e acho que soamos muito bem. Definitivamente, voltámos a não ligar a mais nada que não seja divertirmo-nos, o que é muito saudável para nós. Não estamos preocupados com as pequenas coisas“, começou por dizer ele, como podes conferir no player em baixo.
“Quanto a como soará a nossa música nova, não tenho ideia”, continuou ele. “Não sei, acho que só vou saber quando nos juntarmos e começarmos a tocar e a mostrar tudo o que temos. Temos de ver como isso vai evoluir, mas já sei onde está a minha cabeça e sei o que quero fazer, só não posso falar pelos outros três. Espero que façamos um disco dos BIOHAZARD realmente old school e real.
Há por aí tantas bandas novas que pegaram em elementos que nós e muitas outras bandas daquela época usámos, e que fazem isso bem melhor do que jamais poderíamos fazer. Portanto, não quero tentar competir, tentar superar todas essas bandas novas, porque fazem um tipo diferente de som pesado. Acho que muito disso é criado no estúdio com tecnologia. Não quero competir com isso, porque às vezes muito pesado e exagerado.“
Danny falou também sobre o já mencionado documentário sobre os BIOHAZARD. “Bem, ainda não está terminado“, começou por revelar ele. O nosso velho amigo Drew Stone, que tem estado connosco desde quase o começo e sempre nos filmou, está a produzir, realizar e editar um documentário sobre a nossa história e o facto de termos voltado a juntar. Ele mostrou um pequeno trailer no Extreme Music Awards, em Albany, e quando estive com ele na semana passada, quando tocamos em Baltimore, mostrou-me a versão de 75 ou 100 minutos do filme.”
“Está ainda numa forma muito crua, mas há muitas coisas antigas – muitas coisas antigas excelentes. E há também muitas coisas novas excelentes – muitas entrevistas engraçadas, perspicazes e interessantes. Vai ser muito fixe”, continuou o baterista dos BIOHAZARD.
“Não sei bem como me sentir em relação a haver um filme sobre nós. Por um lado acho que ninguém se vai importar com isso. Mas vendo-o, percebi que há 35 anos de história ali.” Vai ser uma retrospectiva da banda e contar a história de como as coisas deram errado e algumas das merdas fodidas, e então como tudo voltou e como estamos agora. Quero dizer, para um fã, acho que vai ser legal”, conclui o músico.
Com o anúncio do retorno aos palcos a chegar em 2022, os pioneiros do rapcore de Brooklyn actuaram na edição de regresso do lendário Milwaukee Metal Fest — e, verdade seja dita, não decepcionaram os seus fãs. Com o clássico de 1992 «Urban Discipline» a dar o tiro de partida para uma actuação demolidora, o grupo tocou um total de quinze temas num alinhamento que incluiu muitos dos favoritos da sua base de seguidores — como são os casos de «Tales From The Hard Side», «Shades Of Grey» ou «Punishment» — , antes de encerrarem com a já clássica «Hold My Own».
Recorde-se que Evan Seinfeld, o inimitável baixista e co-vocalista dos BIOHAZARD, decidiu separar-se do guitarrista e vocalista Billy Graziadei, do guitarrista Bobby Hambel e do baterista Danny Schuler corria o ano de 2011, com Scott Roberts a assumir o seu lugar até 2016. Desde então, Graziadei criou os Powerflo com o Sen Dog, dos CYPRESS HILL, e lançou um álbum a solo sob a designação BillyBio.