Com nova editora e força criativa renovada, os austríacos BELPHEGOR regressam ao altar do black/death com uma força diabólica.
Os infames BELPHEGOR voltaram com novo fogo para atear sobre o altar do metal extremo. «Sanctus Diaboli Confidimus» é o mais recente single da banda austríaca, um tema que se ergue como um novo cântico blasfemo na sua já vasta liturgia de escuridão e violência sonora. Lançado sob a chancela da Reigning Phoenix Music (RPM), com quem os BELPHEGOR acabam de assinar contrato, o tema assinala não só uma nova fase criativa, mas também uma aliança estratégica com uma das editoras emergentes mais ambiciosas do panorama extremo.
A composição é, segundo o mentor Helmuth Lehner, “uma simbiose de black/death metal diabólico. Uma glorificação do Diabo. Um hino hipnótico de paixão, fogo e disciplina de ferro. É representação da liberdade absoluta de seguir o teu próprio caminho, de reinar no teu próprio reino.” A afirmação é bastante clara: os BELPHEGOR continuam a trilhar uma via sem concessões, onde a estética satânica, o domínio técnico e o rigor conceptual se fundem numa entidade musical inconfundível.
A escolha da RPM como nova casa editorial também tem raízes profundas. Segundo Helmuth, “é óptimo voltar a trabalhar com o Gerardo Martinez. Foi ele quem acreditou nos BELPHEGOR desde cedo e nos levou pela primeira vez à América do Norte em 2006. Estou ansioso por um novo e poderoso capítulo com apoio da RPM.” O entusiasmo é partilhado pelo próprio Gerardo Martinez, cofundador da Reigning Phoenix Music: “O Helmuth, os BELPHEGOR e eu temos uma ligação bem forte desde 2006, e estou extremamente entusiasmado por continuar a trabalhar com um dos maiores expoentes da arte black/death metal. Bem-vindos à RPM! Venham muitos mais anos de grande música!”.
A escolha de «Sanctus Diaboli Confidimus» como uma primeira oferenda nesta nova era é significativa. O tema aprofunda a estética ritualista da banda, explorando a fusão entre brutalidade e solenidade que tem marcado os seus últimos discos. A produção exibe uma clareza feroz, onde os riffs cortantes, os blastbeats esmagadores e as linhas vocais cavernosas de Helmuth se fundem numa marcha infernal.
Fundados em 1993, os BELPHEGOR são uma das entidades mais respeitadas e radicais da cena black e death metal europeia. Oriundos de Salzburgo, na Áustria, sempre desafiaram normas e tabus com uma discografia marcada pela profanação sonora e visual. Desde os seus primeiros ataques como «The Last Supper» (1995), «Blutsabbath» (1997) ou «Necrodaemon Terrorsathan» (2000), até às invocações mais recentes como «Bondage Goat Zombie», «Pestapokalypse VI» ou o aclamado «Totenritual» (2017), a banda construiu um universo onde a violência sonora serve propósitos quase litúrgicos.
O seu mais recente álbum de estúdio, «The Devils», de 2022, representa um dos pontos altos da sua carreira. Gravado nos Fascination Street Studios sob a orientação do produtor Jens Bogren, o disco apresentou composições de complexidade ímpar, combinando agressão visceral com majestade ritual. Faixas como «Glorifizierung Des Teufels» e «Virtus Asinaria – Prayer» incorporam passagens corais e estruturas quase cerimoniais, enquanto «Damnation – Höllensturz» revela uma dinâmica narrativa intensa e sinistra.
O impacto de «The Devils» foi tal que os BELPHEGOR foram distinguidos com um muitíssimo cobiçado Amadeus Austrian Music Award em 2023 na categoria “Hard And Heavy” — rara consagração nacional para uma banda que sempre se posicionou longe do mainstream. Este reconhecimento funcionou como uma validação do seu legado artístico e da importância do seu percurso dentro e fora da Áustria. Agora, com «Sanctus Diaboli Confidimus», os BELPHEGOR reafirmam o seu lugar como sacerdotes negros do metal extremo, prontos a conduzir os fiéis — e os heréticos — por novos caminhos de transgressão e domínio sonoro.















