ANGELO BRUSCHINI

[R.I.P.] Faleceu ANGELO BRUSCHINI, guitarrista dos MASSIVE ATTACK

ANGELO BRUSCHINI, um dos principais responsáveis pela encantadora «Teardrop», tinha apenas 62 anos.

Angelo Bruschini, dos MASSIVE ATTACK, morreu. O guitarrista, que também tocou com bandas como os THE NUMBERS, RIMSHOTS e THE BLUE AEROPLANES, lutava com um cancro do pulmão. Partilhando a trágica notícia numa declaração nas redes sociais hoje, terça-feira, 24 de Outubro, a banda escreveu uma sentida homenagem: “Um talento brilhante, excêntrico e singular. É impossível quantificar a sua contribuição para o cânone dos Massive Attack. Quão sortudos fomos por partilhar juntos uma vida tão especial.”

O músico tornou-se famoso graças ao seu estilo único e invulgar de tocar guitarra, que a banda britânica explorou de uma forma encantadora no álbum seminal de 1998 «Mezzanine», que contava com o single de enorme sucesso «Teardrop».

Os THE BLUE AEROPLANES, por seu lado, também já reagiram à trágica morte de Angelo Bruschini, via um comunicado divulgado na sua página oficial no Facebook: “Estamos devastados ao anunciar a perda do nosso irmão Angelo Bruschini. Neste momento difícil, os nossos pensamentos estão com a sua família… Descansa em paz, Ange x.

Angelo Bruschini, que se juntou aos MASSIVE ATTACK em 1995 e também contribuiu para o álbum de 2003 «100th Window» ao lado da recentemente falecida Sinead O’Connor, tinha revelado em Junho ter-lhe sido diagnosticado um cancro no pulmão e, na altura, sugeriu que ia escrever um livro sobre a sua vida. “Os especialistas no hospital já me desejaram boa sorte duas vezes, por isso acho que estou fodido“, escreveu ele na altura. “Tive uma vida incrível, vi o mundo muitas e muitas vezes, conheci muitas pessoas maravilhosas, mas a porta está a fechar-se; acho que vou escrever um livro.

Formados na cidade de Bristol em 1988, os MASSIVE ATTACK são, sem dúvida, mais conhecidos pela sua contribuição para o trip-hop e para a música electrónica em geral do que para o rock, mas não há como negar que a sua influência se estendeu também ao metal. Isso notou-se sobretudo na transição dos anos 90 para os 2000, quando bandas tão aplaudidas como PARADISE LOST, THE GATHERING ou MY DYING BRIDE começaram a experimentar com a incorporação de samples, sintetizadores e programações na sua música.

Essa abordagem de fusão de estilos era uma marca registada da banda de Bristol, que usava uma fusão de batidas electrónicas, baixos pesados e atmosferas sombrias nos seus temas. Isso influenciou bandas de metal a experimentarem com novas sonoridades e, inclusivamente, a expandirem os limites do estilo. Além disso, com as suas canções a abordarem temas sombrios, profundos e introspectivos, quase todos comuns ao metal, a abordagem atmosférica e melancólica dos MASSIVE ATTACK ressoou com muitos fãs de música extrema, que encontraram nas músicas da banda britânica uma forma de expressarem as suas próprias angústias e emoções.