O AMPLIFEST retorna, por fim, ao Hard Club já amanhã, Sábado, 12 de Outubro, e no dia seguinte, após um interregno de dois anos. Ocupando todo o espaço do Hard Club, no Porto, o evento arranca com casa esgotada e atraindo público vindo de 29 países, que incluiu locais tão distantes como Brasil, Estados Unidos, Turquia, Geórgia ou Austrália. Apostando num alinhamento pensado para todos os melómanos, o evento regressa com concertos dos AMENRA, BLISS SIGNAL, DAUGHTERS, OATHBREAKER, EMMA RUTH RUNDLE e AUTHOR & PUNISHER, para além de conversas, filmes e exposições. Fiel ao seu compromisso com a diferença, também em 2019 o AMPLIFEST não terá sobreposição de programação, propondo uma experiência imersiva e exploratória.
O grande nome para este ano será, sem dúvida, o dos DAUGHTERS, que num regresso apenas comparável ao renascimento dos SWANS há alguns anos atrás, mostrou o colectivo de noise rock a sair da penumbra em que se encontrava em 2018, com o unanimemente louvado álbum «You Won’t Get What You Want». Uma colecção de paranóicos temas de art-punk que, juntamente com as suas suas célebres actuações incendiárias, tem vindo a esgotar palcos por todo o mundo. Uma estreia há muito aguardada em Portugal marcada para Sábado, dia 12, às 20:45, no Büro Stage, Sala 1.
Os AMENRA fazem parte de um muito restrito grupo de criadores capazes de nos transportarem a um lugar que até ali desconhecíamos. Música forjada a partir das mais lancinantes extremidades do sludge e do doom, o colectivo belga regressa a Portugal no ano em que celebra vinte anos de existência para apresentar, pela primeira vez no país, o aclamado «Mass VI», pelas 23:00 de Sábado, dia 12, no Büro Stage, Sala 1.
Em quase duas décadas de actividade, os PELICAN sempre estiveram na vanguarda do flanco mais pesado da música instrumental. Enquanto a sua própria linguagem, que combina riffs pesados e sujos com narrativas melódicas e melancólicas, tem sido frequentemente imitada, nunca esteve sequer perto de ser igualada por nenhuma outra banda. O regresso ao Porto, apresentando o seu novo álbum «Nighttime Stories», será um momento de celebração, a acontecer no Domingo, dia 13, pelas 18h20, no Büro Stage, Sala 1.
Os BLISS SIGNAL são uma das mais aguardadas estreias do AMPLIFEST deste ano. Cruzando uma furiosa catadupa de riffs de inspiração black metal, saída das mãos infalíveis de James Kelly, o arquitecto dos ALTAR OF PLAGUES, com o pulsar afiado da eletrónica disparada por MUMDANCE, mago do techno e do grime , o epónimo disco de estreia, é provavelmente o maior avanço realizado dentro do metal, e da música pesada em geral, dos últimos tempos. O evento tem lugar às 00h20, no primeiro dia, no Oitava Colina Stage, Sala 2.
O pendor de JUSTIN K. BROADRICK para a música eletrónica é evidente mesmo nos viscerais primeiros trabalhos dos GODFLESH, mas ao longo da sua longa e prolífica carreira, e através dos seus inúmeros alter egos, esta faceta tem permeado com cada vez mais intensidade. O moniker JK FLESH teve sua primeira encarnação como metade dos TECHNO ANIMAL (a outra sendo o produtor britânico Kevin Martin aka The Bug), mas tornou-se uma entidade própria desde 2012. Depois da primeira actuação de sempre dos GODFLESH em Portugal, na edição de 2011, Broadrick regressa para se apresentar como JK FLESH, no que constitui uma nova estreia no nosso país. Encerrará o primeiro dia, 01h15, no Büro Stage, Sala 1.
Através do seu inconfundível cruzamento de shoegaze, black metal e post-rock, os norte-americanos DEAFHEAVEN redefiniram os limites do metal, tornando-se assim um dos mais discutidos e polarizadores colectivos dos últimos anos. Agora, retornam ao palco do AMPLIFEST com o seu quarto álbum, «Ordinary Corrupt Human Love», Domingo, dia 13, pelas 22:45 no Büro Stage, Sala 1.
Alinhadas estão ainda actuações dos BIRDS IN ROW, INTER ARMA, PORTRAYAL OF GUILT, INGRINA, SOME BECAME HOLLOW TUBES, TOUCHÉ AMORÉ, assim como os regressos dos AUTHOR & PUNISHER, EMMA RUTH RUNDLE e NADJA, e os nacionais CANDURA e GAEREA. A completar a experiência deste AMPLIFEST vão ser exibidos dois filmes: «Where Does A Body End?», de Marco Porsia, um retrato íntimo do percurso dos SWANS, desde a sua génese e raízes até aos tempos contemporâneos, e «Syrian Metal is War», de Monzer Darwish, uma jornada pela forma como as bandas de metal sírias sobreviveram aos tempos de guerra. Confirmadas estão também as AMPLITALKS: “We’re the alternative to the alternative” (Sábado, dia 12, pelas 16:00), que explorará as relações entre os diferentes tipos de música alternativa e o seu público, e “Let us entertain you” (Domingo, dia 13, pelas 15:30), que coloca frente a frente os organizadores do HELLFEST e do ROADBURN, dois festivais de referência a nível europeu. Em permanência, no corredor do Hard Club, vai estar patente uma exposição da autoria do estúdio Dehn Sora.