A nova aventura de JOEL FAUSTO, estratega do aplaudido projecto OMITIR

O nome pouco poderá dizer à maioria, mas Joel Fausto, ou Gróvio, como por vezes assina, está também por trás de outros projectos como Forgotten Winter, Cajado, Gesso, Larva, Subúrbios, Vácuo do Outono e… Omitir. Com este último projecto, o músico de Santo Tirso, radicado no Porto, teve em «Ode» um dos grandes discos nacionais de 2020. Agora surge «Deus é Cego», por Joel Fausto & Illusion Orchestra, sendo este já o quinto álbum em quase década e meia de existência do projecto. Lançado no dia 16 deste mês pela Slowdriver Records, o trabalho explora as vertentes mais jazz do músico, sempre em tons negros, numa atitude claramente exploradora e interceptando referências. Ao longo de sete temas, Fausto explora pesadelos em toada de jazz experimental, aqui e ali tergiversando com o metal. Dois singles antecederam a estreia do álbum. O primeiro foi «Negrume», tema tão minimal como melancólico. Seguiu-se o deambular de «Criatura», que aqui e ali remete para Dead Combo numa fase inicial, e em que o saxofone de Joel, substitui os solos de guitarra. Disponibilizado em várias plataformas, para lá do suporte físico em vinil, «Deus é Cego» não se inibe de classificar ao lado de nomes como Bohren & Der Club Of Gore, Anna Von Hausswolff, Matt Elliot, Angelo Badalamenti, The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble ou Dale Cooper Quartet & The Dictaphones. Com capa baseada em pintura de Mac Eparwa, o disco pode ser encontrado no Bandcamp da editora.