O icónico álbum «Roots», dos SEPULTURA, completou 25 anos no início deste ano e, numa entrevista recente com o site australiano BLUNT, Max Cavalera falou do que o disco significa para si em 2021. “É muito bom que ainda seja apreciado hoje em dia“, começou por dizer o músico brasileiro. “Acho que o «Roots» acabou por ser um disco bem controverso, muitas pessoas adoraram-no e muitas pessoas odiaram-no. É um desses discos que dividem opiniões. E eu gosto disso, que não agrade a todos, porque isso vai irritar algumas pessoas.” Max prossegue: “Acho que o «Roots» é um álbum corajoso, que contém algumas ideias muito boas. A abordagem tribal, termos ido gravar com os Xavante, são coisas que influenciaram até mesmo algumas das novas bandas, como é o caso dos Gojira. O tema «Amazonia» é totalmente influenciado pelo «Roots». É bom ver bandas a ser influenciadas pelo que fizemos, ver que as pessoas mostram respeito pelo álbum. Além disso, acho que o disco envelheceu muito bem. É um daqueles discos que continuam a soar muito bem quando o colocas a tocar agora. Não é onde estou musicalmente; neste momento estou mais interessado em coisas como os Go Ahead And Die. Mas estou orgulhoso do que fizemos.“
Recorde-se que, recentemente, a Nuclear Blast anunciou a assinatura de um contracto com o projecto GO AHEAD AND DIE. Até agora totalmente desconhecido, o grupo tem um gigante twist, uma vez que conta com o vocalista e guitarrista Max Cavalera (dos SOULFLY, CAVALERA CONSPIRACY, KILLER BE KILLED, ex-SEPULTURA) ao lado do seu filho, vocalista, guitarrista e baixista Igor Amadeus Cavalera e de Zach Coleman, dos muito aplaudidos BLACK CURSE e KHEMMIS, na bateria. O som dos GO AHEAD AND DIE mistura elementos de thrash e death e thrash, com os CELTIC FROST e uma atitude punk como principais influências.
Max Cavalera descreve a banda como “uma colaboração única de pai/filho que traz de volta a velha escola com uma nova atitude! Os riffs doentios e as letras abrasivas do Igor e a bateria brutal do Zach Coleman inspiraram-me“, diz o músico brasileiro. “Tempos extremos pedem música extrema!“, afirma Igor Amadeus Cavalera, que partilha o primeiro nome com o tio. “Estamos muito entusiasmados em assinar com a Nuclear Blast. Eles são, definitivamente, a escolha certa para este álbum colossalmente pesado. Os G.A.A.D. vão entregar energia acelerada e movida a ódio como não era ouvida há anos.” O baterista Zach Coleman, por seu lado, acrescenta: “Não poderia estar mais animado por fazer parte dos G.A.A.D. e ter o álbum lançado na Nuclear Blast! Sinto que fomos capazes de captar a agressão (extrema) com o álbum. É uma mistura da velha escola (pensem em metal/punk de ’89 e novos sons que reflectem o que está a acontecer ao nosso redor. Protestem e sobrevivam!”