“Os PANTERA eram o ‘Dime’, o Vinnie, o Phil e o Rex”, explica ZAKK WYLDE.
Era o desejado por muitos, certamente não neste formato. Os PANTERA — ou, pelo menos, parte deles — voltaram em 2022. Foram 22 anos, com nove álbuns. No entanto, há um antes e um depois de Phil Anselmo. Com a sua entrada em 1987, os irmãos Abbott, mudariam de rumo sonoro. Libertam-se das condições tirânicas impostas pelo pai e, com ajuda do produtor Terry Date, lançaram «Cowboys From Hell» em 1990. Tudo mudaria a partir daí. Para eles e para o mundo do metal.
Eventualmente, as habituais desavenças levaram ao término do grupo. Persistiu Phil Anselmo, imerso em vários grupos, mas sempre sem filtros nas entrevistas. Com Dimebag Darrell a falecer, tragicamente, em palco, em 2004, a hipótese de uma reunião parecia inviável. Uns anos mais tarde, em 2018, o seu irmão, Vinnie Paul, faleceria também. Para muitos, a hipótese de um regresso era impensável.
Ainda assim, os dois sobreviventes da formação clássica decidiram juntar-se ao baterista Charlie Benante, dos ANTHRAX, e ao guitarrista Zakk Wylde, da banda de OZZY OSBOURNE e também dos BLACK LABEL SOCIETY, para se fazerem à estrada naquilo a que chamaram “uma homenagem aos irmãos“. Como seria de prever, desde então, muitos fãs não aceitaram propriamente bem a situação, acusando os músicos de estarem a tentar desesperadamente capitalizar o legado dos PANTERA.
Numa entrevista ao podcast The Mistress Carrie, Zakk Wylde falou sobre a decisão de tocar com a versão reformada dos PANTERA, que recebeu luz verde dos herdeiros dos fundadores da banda, o baterista Vincent “Vinnie Paul” Abbott e o guitarrista “Dimebag” Darrell Abbott. Questionado sobre o que teria dito há uns anos se alguém lhe tivesse contado que um dia ia ser o guitarrista da banda texana, ZAKK WYLDE respondeu:
“Bem, isto é uma celebração dos PANTERA. Não são os PANTERA. Os PANTERA eram o ‘Dime’, o Vinnie, o Phil e o Rex. Portanto, os PANTERA eram isso. No entanto, ter oportunidade de prestar homenagem a esses rapazes tem sido lindo. Está toda a gente a divertir-se imenso… Todos os que vêm aos concertos, sejam os fiéis dos PANTERA a fazer uma viagem pela memória, ou todos os mais novos, o sangue novo, como o Phil está sempre a dizer. É incrível, todas as noites aparece muita gente, e isso é apenas um testemunho do que os rapazes criaram. Há muito jovens que nunca tiveram oportunidade de ver os PANTERA.“
“No meu caso, nunca tive a oportunidade de ver os LED ZEPPELIN“, continuou ZAKK WYLDE. “Portanto, se os ZEPPELIN se reunissem e tivéssemos, neste momento, o Jason [Bonham] a tocar bateria, eu ficaria muito feliz porque nunca tive oportunidade de os ver ao vivo. Com os PANTERA, é esse tipo de situação. São todos os miúdos mais novos que cresceram com os irmãos mais velhos a ouvirem os PANTERA, ou o pai, ou o que quer que seja, e agora estão nos concerto a ouvir essa música a ser tocada ao vivo… Portanto, para mim, é realmente uma coisa bonita prestar homenagem aos rapazes.” Podes ouvir a entrevista, na íntegra, em baixo.
Liderados pelo lendário guitarrista Zakk Wylde, os BLACK LABEL SOCIETY decidiram prestar homenagem ao icónico vilão de Mad Max 2: The Road Warrior com o seu mais recente single, «Lord Humungus», que foi disponibilizado no início deste ano. A faixa, cujo áudio foi divulgada inicialmente apenas na sua versão áudio, ganhou depois um vídeo-clip bem bizarro, que celebra o universo totalmente caótico do filme australiano e faz um tributo ao impiedoso líder mascarado que aterrorizava o deserto pós-apocalíptico.
Para Zakk Wylde, que é sobejamente conhecido pela sua habilidade técnica e presença carismática no palco, a inspiração cinematográfica não é propriamente uma novidade, mas desta vez o músico norte-americano mergulha profundamente na estética Ozploitation dos 80s, conferindo à música uma carga nostálgica e bem feroz. «Lord Humungus» capta na perfeição a essência brutal do vilão que lhe dá nome, e combina riffs pesados e solos explosivos que evocam a atmosfera distópica do filme.















