Reza a lenda que Gary Arce, Alfredo Hernández, Mario Lalli, e Larry Lalli, formaram os YAWNING MAN em 1986, fazendo jams longas no deserto e inspirando um movimento depois reconhecido como desert rock. O primeiro tema que gravaram, não o é feito pelos próprios mas como versão no último trabalho dos Kyuss, «…And The Circus Leaves Town», já com Alfredo Hernández na formação e foi «Catamaran». Só chegariam ao primeiro disco em 2005, com «Rock Formations», e em 2018, pisaram solo nacional para trazer o recente «The Revolt Against Tired Noises», chegando ao Woodstock 69 no Porto.
Da formação original apenas restam Gary Arce na guitarra e Mario Lalli no baixo, tendo Greg Saenz entrado para a bateria já no presente ano. Após a actuação dos WITCH SIN, trio de stoner vindo de Trás-os-Montes e a dar os primeiros passos, o grupo californiano subiu ao palco para quase duas horas de melodia, em espírito quase jam, sempre muito relaxado, executando praticamente todo o recente álbum de estúdio e indo atrás na carreira.
Daqueles concertos em que não se espera o hit, ou a execução técnica, mas em que se desfruta da boa onda proporcionada pela música, mesmo que já não no deserto, mas num bar portuense. Boa recepção do público para «Ghost Beach», tocada já quase no final, bem como «Catamaran», único tema cantado, com Mario Lalli a tomar conta das linhas vocais. Uma excelente passagem por Portugal, que se deveria repetir.