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WORM revelam «Blackheart», novo single e segundo capítulo sombrio de «Necropalace» [vídeo-clip]

Entre vampirismo, black/doom e fantasia gótica, os misteriosos WORM aprofundam a narrativa do seu próximo álbum. «Necropalace» chega em Fevereiro de 2026 via Century Media Records.

O colectivo WORM, que tem raízes profundamente cravadas nos pântanos da Flórida, deu mais um passo decisivo na sua carreira com a assinatura de um contrato com a gigante Century Media Records, que está já a preparar-se para lançar o quarto álbum de estúdio do colectivo. Intitulado «Necropalace», o disco chega no dia 13 de Fevereiro de 2026. Esta será a sua primeira obra sob o selo da renomada editora, um marco que confirma a ascensão do projecto norte-americano no panorama do metal extremo.

Criadores de um singular cruzamento entre black metal, doom e imagética necro, os WORM revelaram hoje «Blackheart», segundo single de avanço para o seu muito aguardado novo álbum. A canção chega-nos acompanhada por um novo vídeo-clip e integra a segunda parte da série oficial de curtas-metragens que os músicos têm desenvolvido em torno do universo conceptual do LP, consolidando uma abordagem que vai muito além do formato tradicional de um lançamento musical.

Nesse sentido, «Blackheart» funciona como uma descida literal às profundezas do «Necropalace», que conduz o ouvinte pelas criptas e catacumbas subterrâneas do castelo onde repousa “Nightfang”, figura central desta mitologia sombria. Junto ao seu caixão negro encontra-se o artefacto que dá nome a esta canção: o Blackheart, aprisionado no gelo e a pulsar num vermelho sanguíneo, descrito como a fonte de energia que mantém as muralhas do palácio vivas e assegura a imortalidade do senhor vampiro.

Tal como a primeira parte da série, o novo capítulo visual volta a contar com uma equipa profundamente ligada ao cinema de horror clássico e contemporâneo. A realização está novamente a cargo de Norman Cabrera, conhecido pelo seu trabalho com DANZIG, pela série The Walking Dead e por Fright Night II. A produção é assinada por Maya Kay, enquanto a cor fica a cargo de Alex Nicolaou, associado aos DRAB MAJESTY, tudo sob a direcção criativa de Ted Nicolaou, nome incontornável do culto cinematográfico dos anos 1980 e 1990, responsável por títulos como TerrorVision e a saga Subspecies.

Musicalmente, «Blackhear» apresenta-se como uma peça bastante distinta dentro do alinhamento de «Necropalace», explorando outras tonalidades emocionais sem quebrar a identidade dos WORM. O vocalista Phantom Slaughter descreve a canção como “uma balada de amor vampírica”, acrescentando que “partilha um tipo diferente de emoção e de cor em relação ao resto do álbum”. As letras, segundo o músico, abordam “o isolamento e a perda sentidos por quem vive como uma criança da noite”, trazendo mais profundidade aos temas de solidão, desejo e eternidade que atravessam todo o conceito do disco.

Recorde-se que, desde o aclamado «Foreverglade», de 2021, os WORM construiram uma identidade musical que auto-denominam como ‘Necromantic Black Doom’ — uma sonoridade que remete tanto para a grandiosidade do black metal sinfónico dos 90s como para a técnica emocional das guitarras shred dos anos 80. A nova proposta reforça essa pluralidade sonora e acaba por revelar uma ambição renovada, com composições majestosas e densas.

Dúvidas restassem, a faixa de abertura e tema-título do disco é uma viagem de doze minutos através de corredores subterrâneos à luz de velas, onde riffs em constante mutação criam um labirinto sonoro. A voz de Phantom Slaughter conduz esta banda-sonora com imponência, afirmando-se como guia e porta-voz de um domínio assombrado. Por seu lado, o guitarrista Wroth Septentrion evidencia desde logo domínio composicional ao tecer melodias sofisticadas que se entrelaçam e convergem num todo coerente, apesar das suas mudanças constantes.

Em comunicado de imprensa, o universo de «Necropalace» é descrito como uma paisagem de veludo escuro e ouro ostentoso, coberta pelo pó do tempo e habitada por sombras que parecem mover-se nos cantos da visão. É um lugar onde a solidão permanece eterna, onde feridas físicas podem cicatrizar, mas as da alma permanecem abertas. Este cenário fantasioso e lúgubre é o palco para a narrativa do álbum.

Sejam muito bem-vindos ao domínio de terror conhecido como «Necropalace“, diz o sempre enigmático Phantom Slaughter. “Esta fortaleza guardou as minhas memórias e pesadelos por séculos… Entrem se tiverem coragem, mas tenham isto em mente: as trevas podem consumir a vossa alma mortal para todo sempre. O mal supremo voltou.” Enquanto Fevereiro não chega, já podes conferir a capa e o alinhamento completo do novo LP dos WORM em baixo; os formatos físicos estão disponíveis para pré-encomenda aqui.

01. Gates to the Shadowzone (Intro) | 02. Necropalace | 03. Halls Of Weeping | 04. The Night Has Fangs | 05. Dragon Dreams | 06. Blackheart | 07. Witchmoon – The Infernal Masquerade (Feat. Marty Friedman)