Parece um pouco irreal pensar nos suecos WOLF como uma banda que já vai a caminho dos 25 anos de carreira. Isto porque não é um dos nomes mais badalados do heavy metal, embora tenha beneficiado um pouco do ressurgimento do estilo e tenha conseguido conquistar o seu espaço entre os fãs das sonoridades mais tradicionais. Com justiça, diga-se, conseguindo balançar as regras incontornáveis do género com uma certa frescura que se deve grande parte ao carisma e voz do frontman e (único) membro fundador Niklas Stålvind. A banda regressa após dois anos o seu anterior álbum ter sido lançado, e regressa de forma convincente com este «Shadowland». A primeira coisa que tem que se avisar, para quem ainda não sabe ao que vem, é que isto é heavy metal. É o equilíbrio da melodia com peso, com linhas vocais e conteúdo lírico que fazem sentido. Quem esperar mais que isto, de certeza que vai ficar desiludido. Ao contrário dos fãs de longa data dos WOLF, que sabem precisamente o que vão encontrar, e pode ser exactamente aqui onde as opiniões podem divergir. Por um lado, não só se tem os elementos clássicos do heavy metal como estilo como também os elementos clássicos da própria banda – o que é basicamente o que os fãs desejam. Por outro, o facto de ser “só” isso ao fim de tanto tempo poderá levar a que algumas eventuais expectativas não sejam cumpridas. Temos um conjunto fortíssimo de temas ao melhor estilo desta gente, mantendo a fasquia elevada e cumprindo para com quem procura heavy metal à WOLF, com muitos temas que vemos passíveis de se tornarem clássicos ao vivo, desde a abertura «Dust» (que tem uma daquelas melodias icónicas que promete ficar gravada na nossa mente) até ao final com a bem metálica «Trial By Fire». Apesar disto, não é crível que a banda vá ter aqui um fonte de angariação de novos fãs, a não ser todos os que têm andado a “dormir” nos últimos anos. Antes isso, do que viver na ignorância de saber ao que soa o verdadeiro heavy metal, bem vistas as coisas. [8]