O baixista e vocalista dos VENOM fala sobre a importância que a banda lendária banda britânica teve no surgimento do metal mais extremo.
Há bandas que mudaram para sempre a história da música pesada, e uma delas foram certamente os VENOM. Criado no final dos anos 70, o colectivo inglês, fundado por Cronos, Mantas e Abaddon, é considerado por muito boa gente como tendo sido o criador do black metal e um dos nomes mais influentes de sempre na história do metal extremo. Sendo esse primeiro epíteto altamente discutível, não restam grandes dúvidas relativamente ao segundo.
Numa entrevista à Metal Hammer, um muito opinativo Cronos, baixista, vocalista e único membro sobrevivente da formação original do grupo, falou sobre a importância e influência dos VENOM no cenário do heavy metal quando surgiram em cena. “Acho que fomos um catalisador“, explicou o músico britânico. “Naquela altora, o metal precisava de um chuto no rabo, nós aparecemos e demos permissão às pessoas para experimentarem coisas novas. Eu só queria fazer parte da história do rock’n’roll. Na verdade, ajudámos a manter a música viva“.
Durante a conversa, Cronos revelou também que gostaria de ser lembrado “como alguém que arriscou como artista e como músico. Alguém que quebrou o molde. Quero que, no futuro, as pessoas pensem que os Venom eram uma banda totalmente louca. As pessoas têm de perceber a influência que tivemos em tudo o que veio depois de nós. É aí que vejo o meu lugar, como parte de todo o quadro da música pesada em geral“. Actualmente, os VENOM contam com Cronos no baixo e voz, Rage na guitarra e Danté na bateria. O trabalho mais recente do trio é «Storm The Gates», lançado em 2018.
Em Setembro de 2022, o carismático Anthony ABADDON Bray, ex-baterista dos VENOM e VENOM INC., revelou que lhe foi diagnosticado um linfoma e que iniciou tratamento de quimioterapia. Através de uma publicação na sua conta oficial no Facebook, Bray explicou ter notado “uma massa a crescer na lateral do pescoço em Julho de 2022“.
Inicialmente o músico pensou que talvez tivesse sido provocada por um picada de insecto, uma vez que vive perto do mar, mas “a massa cresceu e, instado pela minha mulher Rachel, fui ver o meu médico de clínica geral que me assegurou que provavelmente não era cancro porque os nódulos cancerosos não aparecem da noite para o dia“, recordou ele.
Após ter sido encaminhado para o hospital de Newcastle, o músico foi visto por um especialista, que lhe fez uma primeira barragem de testes e, eventualmente, o mandou fazer uma biopsia. “Recolheram três amostras de sangue e depois voltei para ver especialista, que disse que infelizmente era um linfoma, um cancro do sangue“, escreveu Bray.
“Fui imediatamente enviado para fazer uma TAC e uma ressonância magnética que mostraram que também tenho cancro no intestino e tracto intestinal inferior. O mésico decidiu não me operar ao pescoço, mas encaminhou-me para a unidade de hematologia do hospital de Wandsbeck em Ashington. Vou fazer seis ciclos de quimioterapia e algumas sessões de radioterapia. Nada disto me vai quebrar. Que se foda o cancro“.