Em 1985, a notícia chocante de que David Lee Roth estava pronto para deixar o lugar de vocalista da banda mais popular dos Estados Unidos, os VAN HALEN, só foi igualado (mas não eclipsado, curiosamente) pelo anúncio de que o roqueiro multi-platinado Sammy Hagar tinha concordado desempenhar esse papel. A banda estava em estado de graça, ainda a gozar do enorme sucesso gerado pelo anterior «1984». Com o quarteto — então composto por Roth, Eddie Van Halen, Michael Anthony e Alex Van Halen — basicamente a governar o trono do hard rock, o disco vendeu mais de 10 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos, gerando o primeiro e único single pop dos VAN HALEN, a contagiante «Jump». No entanto, no auge de tudo, o cantor original decidia deixar a banda para enveredar num carreira solo, deixando o futuro de um dos mais populares nomes dos Estados Unidos pendurado no ar.
É precisamente aqui que entra em cena Sammy Hagar. Tendo acabado de completar uma digressão totalmente esgotada de promoção ao seu álbum solo de maior sucesso, «VOA», de 1984, Hagar não estava propriamente à procura de uma “banda” a que se juntar. No entanto, depois de receber um convite para aparecer no estúdio caseiro de Eddie Van Halene fazer uma jam, não olhou para trás. Reza a lenda que a magia entre o quarteto se revelou boa demais para ignorar e o vocalista começou a colaborar no processo de composição do sucessor de «1984». A química entre os músicos tornou-se por demais evidente em «5150», que foi editado a 24 de Março de 1986 e entrou directamente para o #2 da Billboard 200. O disco quase replicou os resultados do seu predecessor, produzindo cinco singles de enorme sucesso; a saber, «Why Can’t This Be Love», «Dreams», «Love Walks In», «Best Of Both Worlds» e «Summer Nights». Resultado, acabou por vender milhões e alimentou a capacidade dos VAN HALEN de encherem estádios durante a década seguinte.