[Foto do header: Jorge Botas]
Comecemos com números. Os Tool tocaram pela última vez em Portugal em 2006 e, nessa altura, estavam a promover aquele que, até à data, é o seu último álbum de originais, “10,000 Days”, que tinha sido editado uns meses antes. Portanto, já se passaram treze anos desde que lançaram música nova e nos agraciaram pela última vez com a sua presença. Não é, por isso, de todo estranho que os ingressos para este muito aguardado regresso a solo lusitano, finalmente com um novo registo de originais no horizonte, estivessem há muito esgotados. As expectativas para um concerto com estas características, sobretudo quando protagonizado por uma banda tão exaltada de forma consensual como esta, eram, está bom de ver, altíssimas. No entanto, se há coisa que ficou bem vincada nesta ocasião é que, se há músicos capazes de corresponderem – e até ultrapassarem – fasquias elevadas, são estes mesmos. […]
Um minuto depois das 21:00, o pulsar eletrónico, o riff bluesy pesadão e o padrão vocal ofegante de «Ænima» dão início à prestação, perante uma plateia rendida à aura misteriosa que sempre a envolveu. E sim, fica logo aqui bem vincado que os Tool continuam a não ser uma banda ‘qualquer’ e que, mesmo no que às actuações diz respeito, ainda não é desta que se vão vergar ao status quo do que é um grupo de rock/metal ao vivo. A meio do tema, descem várias telas na frente no palco, com o grupo mais apostado em deixar a atmosfera da música falar por si própria do que em grandes truques cénicos. Maynard é um ‘frontman’, entre aspas, que prefere estar lá atrás, confortavelmente instalado ao lado do kit de bateria de Danny Carey, sem um único foco a incidir sobre si próprio.
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