Os TOOL têm uma política bastante rigorosa em relação à utilização de telefones durante os seus espectáculos, sendo que isso lhes tem valido duras críticas ao longo dos anos e, obviamente, as suas directrizes também não têm sido à prova de bala, dado que, sempre que a banda faz um concerto, surgem imagens captadas na plateia aqui e ali. Mesmo assim, os músicos continuam a não ser propriamente fãs de pessoas que mantêm os seus telefones ligados durante os espectáculos. Numa entrevista recente, o guitarrista da Adam Jones tentou explicar a lógica que esteve por trás desta muito contestada proibição de telefones nos concertos do grupo liderado por Maynard James Keenan, dizendo que, pelo menos em parte, a decisão deriva do facto da maioria das pessoas não fazerem ideia do que estão a fazer e, por outro lado, porque olhar para uma plateia em que toda a gente tem o telefone do ar acaba mesmo por retirar alguma da natureza especial que se pretende de um espectáculo ao vivo.
“Desde que pusemos essa política em prática, já vimos a mentalidade das pessoas a mudar e cada vez há mais artistas grandes a pedir aos seus fãs que apreciem respeitosamente o espectáculo, em vez de passarem o tempo todo a olhar para a câmara do telefone“, começou por dizer Jones. “Penso que um dos maiores problemas é que as pessoas não sabem como usar correctamente as suas câmaras e estão sempre a ligar as lanternas, o que acaba por ser muito ofuscante quando estás em palco. Depois, é apenas… Perde-se a ligação das pessoas ao que se está a passar. Acaba mesmo por perder-se algo. O objectivo passa por querermos que as pessoas estejam no seu próprio mundo, em vez de terem todo o espectáculo filmado no telefone e, depois, nunca mais olharem para ele“. Mais à frente na conversa, o músico disse ainda que ficar atrás de alguém que tem o telefone sempre ligado não só é uma chatice como acaba por distrair quem quer realmente apreciar o concerto. Recorde-se que, recentemente, Danny Carey, o baterista dos TOOL, revelou que a banda tem algumas ideias que sobraram das sessões de gravação de «Fear Inoculum», nas quais vão começar a trabalhar em breve.