LACUNACOIL

O regresso de Owens a Lisboa promete ser uma celebração para todos os fãs de heavy metal, que terão oportunidade de testemunhar ao vivo a potência vocal e a presença de palco que o tornaram uma lenda viva do género.

TIM “RIPPER” OWENS, um dos vocalistas mais icónicos da história do heavy metal, vai regressar a Lisboa para um concerto único no RCA Club, agendado para o dia 10 de Outubro. Owens tornou-se uma figura lendária na cena do metal graças à sua impressionante ascensão ao estrelato, que teve contornos quase cinematográficos. Detalhes sobre um meet & greet e a banda de abertura serão anunciados em breve, mas os fãs já podem obter informações e reservar bilhetes através do e-mail metalsalliance@gmail.com.

Originário de Akron, Ohio, cresceu como um fã devoto dos Judas Priest, ao ponto de ter formado uma banda de homenagem chamada British Steel — nome inspirado num dos LPs mais icónicos da banda, sendo que a alcunha “Ripper” surgiu precisamente da sua canção favorita, «The Ripper». Ainda antes de se juntar aos Judas Priest, Owens desenvolveu a sua notável capacidade vocal em diversas bandas locais, incluindo os Brainicide, U.S. Metal, Winters Bane e Seattle.

Foi com os Winters Bane que deu os primeiros passos mais sólidos na cena metal, ao lado do guitarrista Lou St. Paul. Juntos, gravaram «Heart Of A Killer», LP conceptual que conta a história de um assassino que recebe o coração transplantado do juiz que o condenou à morte. Gravado em apenas duas semanas, o disco foi lançado inicialmente por uma editora independente alemã, tornando-se peça de culto para os fãs mais dedicados.

O momento decisivo na carreira de TIM “RIPPER” OWENS surgiu de forma inesperada. Enquanto actuava com os British Steel num pequeníssimo clube em Erie, na Pensilvânia, foi visto por acaso pela namorada de Scott Travis, baterista dos Judas Priest. Impressionada com a prestaçãodo cantor, gravou uma parte do concerto em vídeo e enviou-o a Travis e aos restantes membros da banda, que estavam sem vocalista desde a saída de Rob Halford em 1992. Em poucos dias, foi convidado para uma audição em Inglaterra e, mal começou a cantar o primeiro verso de «Victim Of Changes», o lugar estava garantido.

Em 1997, Owens estreou-se com os Judas Priest no álbum «Jugulator», que marcou um aguardado regresso da banda às edições após sete anos de ausência. O álbum teve uma receção sólida, e a tour mundial que se seguiu foi registada no álbum ao vivo «’98 Live Meltdown». Em 2001, Owens gravou o seu segundo álbum com os Judas Priest, «Demolition», mas o regresso de Halford em 2003 levou à sua saída. Longe de ser o fim, essa separação abriu caminho para uma carreira prolífica que consolidou a sua reputação como um dos vocalistas mais versáteis e respeitados da cena metal.

Após deixar os Judas Priest, Owens não ficou parado. Pouco depois, foi recrutado por Jon Schaffer para assumir o lugar de vocalista dos Iced Earth. A sua estreia com a banda deu-se em 2004, com o LP «The Glorious Burden», onde a sua voz se destacou em faixas como «Declaration Day» e «Gettysburg (1863)». Dois anos depois, chegou «Framing Armageddon (Something Wicked Part 1)», mas a reunião com Matt Barlow, levou à saída de Owens em 2007.

Em paralelo, Owens também se juntou a Yngwie Malmsteen como vocalista principal, participando no álbum «Perpetual Flame», de 2008, e na digressão mundial que se seguiu. Em 2009, Owens formou os Beyond Fear, com os quais lançou um álbum homónimo em 2006. No mesmo ano, passou a integrar o supergrupo Charred Walls Of The Damned, ao lado de Richard Christy (ex-Death), participando nos três álbuns que gravaram entre 2010 e 2016.

Desde então, A carreira de Owens continuou a expandir-se com várias colaborações de prestígio. Gravou com os Dio Disciples, trabalhou com o guitarrista Chris Caffery, dos Savatage, e participou em procjetos como The Three Tremors, onde dividiu as linhas vocais com Sean Peck e Harry “The Tyrant” Conklin. Em 2019 formou os KK’s Priest em parceria com KK Downing, outro ex-Judas Priest, e, em 2022, lançou o EP a solo «Return To Death Row».