Na sua mais recente incursão por solo luso, os britânicos THE PINEAPPLE THIEF fizeram o gáudio dos fãs de rock/metal progressivo que acorreram em massa ao LAV – Lisboa Ao Vivo.
Como já vem sendo habitual, os fãs de rock/metal progressivo deslocaram-se em grande número para assistir ao concerto de regresso dos THE PINEAPPLE THIEF a Portugal. A Sala 2 do LAV – Lisboa Ao Vivo estava praticamente esgotada para receber a banda britânica, mas primeiro ainda fomos brindados com uma excelente prestação a solo de RANDY MCSTINE.
O compositor fez-se acompanhar apenas por uma guitarra e um sintetizador/sampler durante os cerca de trinta minutos que esteve em palco. Depois de um improviso instrumental e vocal, tocou dois temas do seu trabalho a solo e terminou com a dupla «Activate» e «Big Wave», do disco gravado em conjunto com Marco Minnemann.
Ainda antes dos THE PINEAPPLE THIEF subirem por fim a palco, ouviu-se um aviso, em espanhol, através do PA a pedir aos fãs, que reagiram desde logo com apupos, para se absterem de gravar o concerto com os telemóveis. Alguns minutos depois, lá passaram o mesmo aviso em inglês e ficou tudo mais calmo. O vocalista Bruce Soord acabou até por pedir desculpa pelo “lapso” logo no início da actuação, afirmando que aquela seria a única vez que iríamos ouvir falar espanhol naquela noite.
Os músicos entraram então em palco ao som de «The Frost», do mais recente «It Leads To This». Cedo se percebeu que o som ia estar limpo e muito bem definido. Depois de «Demons» e «Put It Right», os fãs foram brindados com mais dois temas de «Versions Of The Truth», com «Our Mire» e o tema-título a fazerem o gáudio da plateia.
Além do já mencionado Bruce Soord, os PINEPPALE THIEF contam também com Gavin Harrison, que “só” tocou em bandas como os King Crimson, OSI ou Porcupine Tree, na bateria e, como seria fácil de prever, todos os temas foram interpretados na perfeição, proporcionando um verdadeiro regalo para os fãs da banda e da música progressiva.
Com Soord a apresentar o tema «Dead In The Water», um original de 2006 regravado para o LP «Give It Back» (depois Harrison se ter juntado à banda), os músicos atiraram-se ao tema-títuto desse disco na sua versão rewired, que acabou por ser mesmo um dos momentos mais altos da noite. Ainda antes do encore ouviu-se «The Final Thing On My Mind» e, já a fechar, «In Exile» e «Alone At Sea», que encerraram com chave de ouro uma prestação sem mácula por parte de um conjunto de músicos de excepção.