Os THE HU têm agora algo em comum com a Celine Dion e com o Herbie Hancock: partilham o título de “Artista pela Paz”, tal como designado pela UNESCO. O grupo mongol recebeu a honra no passado dia 25 De Novembro, durante uma cerimónia especial que decorreu em Paris, na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura e transformou-se, de forma notável, na primeira banda de rock ou metal a receber o prestigiado destaque. Audrey Azoulay, a directora-geral da UNESCO, visitou os músicos na sua terra natal em Agosto, e comentou logo “a contribuição da banda para a salvaguarda do património cultural imaterial e o seu apoio à promoção da diversidade cultural através da música“, como pode ler-se um comunicado de imprensa. “Estas são qualidades que ressoam com os valores e o trabalho da UNESCO“. Famoso por combinar rock e metal com sons tradicionais mongóis — como são os casos do Khöömei , da flauta tsuur e do Morin Khuur –, os THE HU apresentam um som verdadeiramente único. “Os mongóis têm um grande respeito pela sua história, pela sua cultura e língua que nos foi deixada há milhares de anos pelos nossos antepassados e anciãos“, explica Gala, o líder do colectivo. “O propósito dos THE HU é, antes de mais, executar um género musical único que dê força e poder ao ouvinte. Em segundo lugar, queremos mostrar ao mundo como funciona a subsistência nómada e ambientalmente consciente da Mongólia; queremos inspirar quem nos ouve a viver de forma minimalista e a aproveitar a sua existência ao máximo“. Em 2020, os THE HU foram destacados como a Ordem de Genghis Khan, o maior prémio estatal da Mongólia e, em 2022, além de fazerem a sua estreia no Coachella, foram recebidos de forma efusiva na digressão que fizeram com os FIVE FINGER DEATH PUNCH e MEGADETH. O seu mais recente álbum, «Rumble Of Thunder», foi lançado em Julho.