Originalmente editado a 22 de Agosto de 1995 pela Century Media, o terceiro álbum do colectivo neerlandês então formado por Anneke van Giersbergen nas vozes principais, René Rutten na guitarra e flauta, Jelmer Wiersma na guitarra, Frank Boeijen nos teclados, Hugo Prinsen Geerligs no baixo e Hans Rutten na bateria foi lançado há exactamente um quarto de século. Convenhamos, é tempo mais que suficiente para uma pessoa viver a primeira fase de uma vida. O sucessor de «Almost A Dance», que tinha sido editado dois anos antes, marcou um salto de gigante para os jovens músicos de Oss, sendo que foi o primeiro a contar com a talentosa Anneke nas vozes e mostrou a banda a estabelecer a sua personalidade. Metal melancólico e, a espaços bombástico, com peso mas uma tendência para a melodia a roçar a pop, dominado por uma voz feminina como poucas vezes se tinha ouvido na música pesada. Apoiados em enormes temas como «Leaves», «Strange Machines» ou «In Motion #2» e numa sonoridade que, na altura, ainda era inovadora, acabaram por dar o pontapé de saída para toda uma geração de gente apostada em fundir a masculidade do metal com uma sensibilidade feminina dominante, estabelecendo uma curiosa dicotomia que ainda hoje floresce. Gravado e misturado nos famosos Woodhouse Studios, em Hagen, Alemanha, entre 1 e 16 de Junho de 1995, o «Mandylion» marcou também a primeira vez que trabalharam com Waldemar Sorychta (um dos produtores mais requisitados da altura, que co-produziu em parceria com Siggi Bemm) e o primeiro que saiu com selo Century Media, transformando os THE GATHERING num dos mais importantes porta-estandartes da criatividade sem fronteiras que, nos 90s, caracterizava muito do metal europeu.