Os THE CHAMELEONS, banda britânica de culto no espectro do post-punk, voltam a Lisboa e ao Porto para celebrar quatro décadas de carreira.

Os THE CHAMELEONS, uma das bandas mais influentes saídas do movimento post-punk, vão regressar a Portugal para dois concertos imperdíveis. A icónica banda de Manchester, liderada pelo carismático Mark Burgess, actuará no RCA Club, em Lisboa, a 18 de Junho, e na Sala Mouco, no Porto, a 19 de Junho, numa organização da Hell Xis em parceria com a Fantaxtix Events. Ambos os concertos contam com os lusos DECLINE AND FALL na primeira parte.

Com uma história que se estende por quatro décadas, os THE CHAMELEONS conquistaram um estatuto de culto em Portugal desde a sua estreia no lendário Rock Rendez-Vous, em 1984. O seu álbum de estreia, «Script Of The Bridge», de 1983, é frequentemente apontado como um dos melhores discos de sempre do género, ao lado de outros marcos como «What Does Anything Mean? Basically» e «Strange Times», de 1985 e 1986, respectivamente.

A influência da banda transcende gerações, sendo citada como referência por nomes como Oasis, The Verve e Editors, entre muito outros. Agora, o regresso do guitarrista fundador Reg Smithies reforça ainda mais o carácter especial desta data-dupla, que promete ser uma viagem intensa pelas paisagens sonoras melancólicas e atmosféricas que definiram o legado dos THE CHAMELEONS.

Criados em Manchester, em 1981, os THE CHAMELEONS emergiram das cinzas de várias bandas locais para se tornarem um dos nomes mais influentes da cena pós-punk e dream pop. A formação original incluía Mark Burgess, na voz e baixo, vindo dos Cliches, Reg Smithies e Dave Fielding, nas guitarras, ambos ex-membros dos Years, e John Lever, na bateria, que substituiu rapidamente o fundador Brian Schofield e trazia consigo a experiência dos Politicians.

A sua estreia deu-se com uma série de sessões para a BBC, mas foi com o single «In Shreds», produzido por Steve Lillywhite e lançado em março de 1982 pela Epic, que captaram atenções. Contudo, a relação com a editora foi breve e, após a rescisão do contrato, os THE CHAMELEONS assinaram com a Statik, que lançou o aclamado álbum de estreia «Script of the Bridge», um trabalho de atmosferas densas e letras introspectivas, em 1983.

O sucessor «What Does Anything Mean? Basically», de 1985, introduziu uma sonoridade mais refinada, enquanto «Strange Times», de 1986, lançado pela Geffen, consolidou a identidade sonora da banda. No entanto, o súbito falecimento do manager Tony Fletcher precipitou a separação do grupo. Mark Burgess e John Lever seguiram com os The Sun & The Moon, enquanto Reg Smithies e Dave Fielding formaram os The Reegs.

Nos anos 90, Burgess lançou o álbum a solo «Zima Junction» e percorreu os Estados Unidos com os Sons Of God, mas o retorno dos THE CHAMELEONS tornou-se inevitável. Esse regresso aconteceu em 2000, culminando em concertos no Reino Unido e nos Estados Unidos, além do lançamento do álbum acústico «Strip». O disco de estúdio «Why Call It Anything?» (2001) marcou o primeiro registo inédito desde 1986, seguido por «This Never Ending Now», em 2003), reafirmando a aura singular da banda.

Os bilhetes para os espectáculos de regresso da banda britânica a Portugal já estão à venda na Clockwork Store e através da sua loja virtual.