TED NUGENT respondeu mais uma vez a acusações de racismo, dizendo que ninguém promoveu artistas negros tanto quanto ele fez durante toda a sua vida. O roqueiro conservador falou sobre o assunto mais de três meses após revelar que tinha perdido um grande patrocinador do seu programa de televisão “Spirit Of The Wild” por acusações de racismo. “Vou dizer-vos uma coisa ultrajante: todas as pessoas combinadas não promoveram artistas negros tanto quanto o Ted Nugent fez durante a sua vida inteira“, disse o músico, referindo-se a si próprio na terceira pessoa, durante uma aparição no podcast ‘A Bone To Pick’. “Nos anos 90, o meu baixista era o Johnny Gunnell. Ele negro. O meu baixista depois do Johnny foi o Marco Mendoza, que nasceu no México. Eu já disse isto milhares de vezes — a cor não importa. Pontualidade, ética de trabalho, talento, dedicação… Se alguém quiser ser baixista da banda do Ted Nugent, só precisa de ser o melhor baixista do mundo. Eu sou daltónico!“. O guitarrista continuou: “Quando nasci, em 1948, havia racismo? Claro que havia. O Jim Crow ainda estava a acontecer. Eu fui aos parques de Detroit e não me apercebi porque não havia racismo na minha casa; tudo era sobre dedicação e conteúdo de carácter. Tínhamos amigos negros em Detroit, lidávamos com pessoas negras o tempo todo e eu nunca pensei nelas. Eram negros. Eu sou branco. Aquele tipo parece ser asiático. Quem é que se importa como isso? Vocês já conheceram alguém que se importa? Eu não me importo. Portanto, essa é a acusação mais barata, mais desonesta e sem sentido que já me fizeram”.
Membro do conselho da National Rifle Association, Nugent tem sido acusado de usar linguagem racista há décadas, inclusivamente numa entrevista de 1990 à Detroit Free Press, onde defendeu a instituição do apartheid na África do Sul, afirmando que “nem todos os homens são criados da mesma forma.“ Em 2014, Nugent chamou ao então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, um “vira-lata sub humano“, numa entrevista ao site Guns.com. Mais tarde, desculpou-se “por usar a terminologia de rua dos vira-latas sub humanos“, acrescentado que Obama era um “mentiroso” por violar a Constituição. No seu livro de memórias de 2016, ’18 And Life On Skid Row’, o ex-cantor dos SKID ROW, Sebastian Bach, escreveu sobre como Nugent, que considerava um de seus ídolos musicais, supostamente fez um discurso racista no set do reality show ‘SuperGroup’, do VH1, fazendo com que Sebastian se recusa-se a continuar a trabalhar com o Nuge.