Com três décadas de carreira, os TARA PERDIDA continuam a gritar, a desafiar e a resistir. Porque o punk rock, como eles provaram vezes sem conta, não é uma fase — é um modo de vida.

Três décadas depois de terem emergido dos subúrbios lisboetas com uma mensagem crua, directa e sem filtros, os TARA PERDIDA vão comemorar 30 anos de carreira com dois concertos únicos no bairro onde tudo começou. Nos dias 20 e 21 de Junho, a nova República Da Música, situada no coração no bairro de Alvalade, será o palco da celebração da história de uma das bandas mais influentes e resilientes do punk rock nacional.

Fundados em 1995 por João Ribas, carismático vocalista e guitarrista dos Censurados, os TARA PERDIDA nasceram do inconformismo, da urgência criativa e da enorme vontade de agitar consciências. Com uma sonoridade marcada por guitarras distorcidas, ritmos acelerados q.b. e letras que canalizavam frustrações sociais e pessoais, a banda lisboeta tornou-se rapidamente um símbolo indelével da resistência urbana, e conquistou gerações inteiras com a sua autenticidade.

Entre hinos como «Até Me Embebedar», «Nasci Hoje», «Desalinhado», «Lambe Botas» ou «Nada Me Vai Parar», os TARA PERDIDA deram voz a uma juventude sedenta de expressão, que encontrou na sua música um reflexo fiel das suas inquietações. A mensagem sempre foi simples, mas poderosa: enfrenta-se o mundo de frente, sem medo e sem baixar os braços. Ainda assim, em 2014, a trágica morte prematura de João Ribas abalou profundamente a cena punk rock portuguesa e levantou dúvidas sobre o futuro da banda.

No entanto, os TARA PERDIDA decidiram continuar. Não como uma cópia do que foram, mas como uma extensão do legado de Ribas. Com novos elementos e a mesma garra, provaram que o espírito do punk não se rende facilmente. Continuaram a editar discos, a subir aos palcos com a mesma energia explosiva de sempre e a alimentar uma base de fãs fiel — e cada vez mais transversal em idades. Hoje, já com dez álbuns no fundo de catálogo e um percurso que inclui palcos por todo o país e além-fronteiras, os TARA PERDIDA continuam a ser uma referência incontornável da música de protesto em Portugal.

A sua longevidade deve-se não só à solidez das suas composições e à entrega ao vivo, mas também à capacidade de se manterem verdadeiros àquilo que são. Sem cedências à indústria, sem compromissos com o mainstream. O regresso a Alvalade para esta celebração de três décadas é, por isso, mais do que simbólico: é um reencontro com as raízes, com os primeiros passos dados em pequenos palcos e salas de ensaio improvisadas. É também uma oportunidade para os fãs — antigos e novos — se juntarem à festa e reviverem a intensidade das músicas que marcaram (e continuam a marcar) vidas.

Para tornar estes dois concertos ainda um pouco mais especiais, os TARA PERDIDA convidaram uma série de amigos que são nomes históricos do punk e do rock — e que vão juntar-se à efeméride na República da Música; a saber, Tim, dos Xutos & Pontapés, Samuel Palitos, dos Censurados, Naifa e GNRJoão Pedro Almendra, dos Ku de Judas e Peste & SidaIvo Palitos, dos TrevoAntónio Corte-Real, dos UHF, e Sebastião Santos, dos Dapunksportif. Os bilhetes estão disponíveis na Ticketline e nos pontos de venda habituais.