SERJ TANKIAN está apenas a alguns dias de lançar o seu eclético EP «Perplex Cities», mas na verdade são os SYSTEM OF A DOWN que andam nas bocas do mundo. Apesar de ontem termos avançado aqui que a banda estava a planear algum tipo de anúncio em 2023, uma entrevista mais recente do vocalista, desta vez à Metal Injection, vem agora abafar as esperanças de uma tour em grande escala. Quando questionado em relação à sua vontade de fazer uma digressão de aniversário para celebrar o álbum homónimo de estreia ou o «Toxicity», Serj revelou-se apreensivo — e completamente contra a ideia de uma digressão em larga escala de qualquer tipo num futuro imediato. “O «Toxicity», por si só, é demasiado curto para ser tocado na íntegra e fazermos só isso“, disse o cantor. “É essa umas das razões porque não o quero fazer. Além disso, com base nos meus problemas de saúde e no tipo de redundância que sinto quando faço a mesma coisa repetidamente em termos de digressões, não posso dizer seja algo que esteja muito interessado em fazer neste momento. Não apenas com os System, mas com as minhas próprias coisas também, assim como para a orquestra ou as coisas a solo. Só não tenho feito digressões, fui operado às costas no ano passado.”
O músico reitera ainda a ideia de que os seus recentes problemas de saúde têm muito a ver com a opção de não fazer tours nos tempos mais próximos. “Tenho problemas que estou a ultrapassar“, revelou. “Prendem-se com a minha saúde e afectam-me mobilidade. Ando bem e sou capaz de fazer coisas e posso cantar ao vivo. Mas as viagens de uma digressão afectam-me muito, muito mesmo neste momento. Para ser honesto, também não está na minha esfera criativa, sabes? Portanto, um espectáculo aqui e ali já fizemos e talvez ainda façamos. Quanto a fazer uma coisa específica, não é realmente algo que que queira fazer neste momento“. Embora fechada uma porta temporária às grandes digressões, o músico permanece mais críptico, mas manhosamente optimista, no que toca às questões de grande interesse num novo álbum ou música de qualquer tipo. “É sempre um elogio ser questionado sobre um novo disco dos System Of A Down“, disse ele. “É como se alguém dissesse… Quer dizer, não sei. Imagina que és arquitecto e desenhas um museu incrível. Às tantas, vira-se tudo para ti a perguntar quando é que vais fazer outro museu. E estás a trabalhar em, não sei, outros projectos diferentes nessa altura ou o que quer que seja. É lógico que ficas grato por gostarem desse design. Isso é óptimo. Portanto, acho que quando surgir a oportunidade de voltar a fazer mais um museu, volto a fazer um museu“.