Durante o último ano, John Dolmayan, o baterista dos SYSTEM OF A DOWN, tem chamado atenção nas redes sociais por partilhar algumas das suas opiniões políticas. A verdade é que o músico não se costumava posicionar tanto de forma pública, mas adoptou uma postura bastante diferente depois de Donald Trump ter sido eleito presidente dos Estados Unidos. As publicações do músico nas redes socais passaram a causar debate, acima de tudo porque as suas opiniões pessoais parecem ser muito diferentes daquelas que são habitualmente expressas na música dos SYSTEM OF A DOWN.
Numa entrevista recente ao podcast Cancelled with Rob Rosen and Desma Simon, que conversa com personalidades alegadamene “canceladas” pelo público, o músico revelou acreditar que o seu nome foi incluído numa espécie de “lista negra” de Hollywood devido às suas opiniões “de direita“. Dolmayan chegou a essa conclusão porque, segundo ele, nenhum estúdio de Hollywood mostrou interesse em adaptar a sua saga de BD, intitulada “Ascencia”, ao grande ecrã. “Fui vítima disso“, disse o baterista. “Vamos dizer apenas que ‘Ascencia’ poderia facilmente tornar-se um filme ou uma série de TV, e eu tinha uma agência a trabalhar nisso comigo. E essa agência teve de se afastar. Eu já fui vítima disso e não é diferente nem melhor daquilo que aconteceu nos anos 1950 com o macarthismo. Eu não acredito no comunismo, nem no socialismo — acredito em programas sociais. No entanto, não condeno ninguém, não vou meter ninguém na prisão por causa das suas crenças“.
Na mesma conversa, o músico também fez fortes críticas ao Black Lives Matter, movimento activista que luta contra a desigualdade racial. Segundo ele, a organização é “hipócrita” e age como “uma ferramenta de arrecadação de fundos com uma agenda comunista“. “Não gosto da organização Black Lives Matter”, disse ele. “Muitos dos fundadores são comunistas. E acho que muita gente também pensa diferente do que esse movimento representa. Acho que eles se estão a borrifar para as vidas dos negros. Do meu ponto de vista, acho que são uma ferramenta de arrecadação de fundos com uma agenda comunista. Se estivessem preocupados com as vidas dos negros, preocupariam-se com a violência contra os negros nas cidades do interior“. Podes ouvir a conversa, na íntegra, em baixo.