A multi-instrumentista norueguesa SYLVAINE, que tem dado que falar desde que edita os seus álbuns pela Season Of Mist, anunciou que entrou no estúdio para gravar aquele que será o sucessor de «Atoms Aligned, Coming Undone», que já data de 2018. A “casa” que a artista nórdica escolheu para a gravação foi um estúdio francês chamado Drudenhaus, onde Benoît Roux será o produtor de serviço. A banda de apoio que a norueguesa teve no álbum anterior foi composta por dois bateristas, que dividiram as faixas do álbum entre si: Sam Shepard e um tal de Stéphane Paut, que muitos reconhecerão pelo seu pseudónimo… Neige. Desta vez, cabe esse papel a Dorian Mansiaux, que também é o baterista de Sylvaine ao vivo, e haverá ainda dois convidados a participar no álbum, cuja identidade não foi ainda revelada.

“Pode-se dizer que a criação deste álbum enveredou por um caminho muito pouco convencional, de várias maneiras. Depois de ter concluído «Atoms Aligned, Coming Undone», sabia que o próximo trabalho me iria custar bastante. Mal eu sabia quanto, com 2020 a trazer-me os tempos mais desafiantes que já tive em toda a minha vida,“ explica Sylvaine, de seu nome verdadeiro Kathrine Shepard. Apesar das dúvidas, a escolha do estúdio onde já entrou há algum tempo não mereceu discussão. “A única coisa certa desde o início do processo era que o Benoît Roux no Drudenhaus seria a pessoa que me iria ajudar a trazer este álbum à vida. É tão importante trabalhar com pessoas que percebem o que tentamos comunicar com a nossa arte, mesmo sem ter que haver uma única palavra trocada. Para mim, o Benoît é assim. Ele simplesmente percebe.”

Mesmo assim, tem sido um trabalho longo e árduo. “O processo de gravação tem durado bem mais do que tínhamos planeado. Por causa das restrições de viagem, e com toda a gente a contraír Covid nas primeiras semanas da gravação, para além de algumas circunstâncias pessoais do Benoît, tivemos que estender largamente este período. Mas não me preocupou. Estou agradecida por estar finalmente de volta ao estúdio a fazer aquilo que gosto mais. No final de contas já vamos em quase dois meses, com a gravação e agora a iniciar a mistura. Tem sido muito intenso, ainda mais por estar completamente sozinha durante a maior parte do tempo. O Dorian Mansiaux esteve comigo durante os primeiros dias para gravar as suas partes de bateria, e depois tenho dois convidados que revelarei mais tarde. É um privilégio muito grande ter pessoas talentosas envolvidas neste álbum. Nem consigo dizer o quão excitada estou por partilhá-lo com toda a gente – pus cada pedaço da minha alma nele,” conclui a norueguesa.