O novo disco de SYLVAINE só vai ser editado finalmente amanhã, dia 22 de Março, mas já o podes ouvir na íntegra (e em antecipação) em baixo.
Durante os últimos anos, SYLVAINE tornou-se sinónimo de pós-metal e de blackgaze, mas o alter-ego da muito talentosa Kathrine Shepard ensaia agora uma mudança de pele ao explorar a fundo as suas raízes com um novo EP, intitulado «Eg Er Framand», que vai ser lançado amanhã, sexta-feira, 22 de Março, pela Season Of Mist. Hoje, a menos de 24 horas da edição oficial, a LOUD! decidiu juntar-se à editora francesa para revelar na íntegra (e em antecipação) o disco, gravado totalmente na Igreja Kampen, em Oslo.
“É com grande entusiasmo que posso finalmente revelar o meu novo EP“, comenta SYLVAINE, que nos visitou no ano passado, num breve comunicado. “Este disco é dedicado à música folk norueguesa feita na minha própria expressão e é uma mistura de peças antigas e tradicionais e composições minhas. “.
Falar de SYLVAINE, a multi-instrumentista e compositora nascida Kathrine Shepard, é falar de um espírito que existe para além do véu da convenção e dos estereótipos. Não se trata de uma mulher que tenha embarcado recentemente no tropo da folk melódica e obscura em voga nos tempos que correm, e que se tornou tão predominante na cena do metal mais alternativo, mas sim de uma compositora e arranjadora classicamente treinada, cujas canções explodem contra as ilimitadas convenções do que a música pesada contemporânea pode ser.
Shepard cresceu na Noruega, envolta nos contrastes entre a natureza e a urbanidade, nos arredores do centro de Oslo. Enquanto estudava música, dança e teatro, apresentou-sevárias vezes na Igreja Kampen. Esta relíquia do século XIX foi onde gravou a maioria de «Eg Er Framand», que inclui a sua interpretação de canções folk tradicionais norueguesas, a que se juntam três originais.
Quando SYLVAINE ouviu pela primeira vez o original de «Eg Er Framand», que dá título ao disco, o tema atingiu-a como nenhum outro tema a tinha atingido antes. Desde então, partilhou-o com o seu público em quase todos os lugares por onde passou, mas este EP marca a primeira vez que capta a sua magia em disco. Cada nota é sustentada com moderação, como se estivesse colocada na palma da mão, como uma oferenda. “Fechem os olhos e visualizem-na estendendo a mão por entre as árvores, nas sombras“, elabora a cantora.
Desde que surgiu em cena, corria o ano de 2013, a talentosa norueguesa, desenvolveu uma abordagem muito própria ao blackgaze através de uma sequência de LPs amplamente elogiados. Após o lançamento de «Atoms Aligned Coming Undone», em 2018, voltou a surpreender com «Nova», uma experiência auditiva que se afirmou, simultaneamente, como um despertar musical e pessoal de uma artista muito versátil, que tem vindo paulatinamente a encontrar o seu próprio caminho no mundo em que se move.
01. Dagsens Auga Sloknar Ut | 02. Arvestykker | 03. Eg Veit I Himmelrik Ei Borg |
04. Livets Dans | 05. Tussmørke | 06. Eg Er Framand