Entre a morte chocante de Alexi Laiho e o facto de Jon Schaffer, dos ICED EARTH, ser “pessoa de interesse” numa investigação do FBI, 2021 não tem estado a revelar-se muito melhor que 2020. Logo no início do ano, ao primeiro de Janeiro, muitos foram os artistas independentes que acordaram para ver a sua música excluída do Spotify devido ao que a plataforma chama “streams fraudulentos“. Uma fonte da plataforma de streaming explicou ao Hype Bot que o número de temas excluídos estava “na casa dos dez mil“, enquanto o advogado Wallace Collins alega que os temas excluídos foram, na verdade, mais de 750.000.
“Parece que a 1 de Janeiro de 2021, o Spotify decretou uma purga massiva e total da música de milhares de artistas independentes“, escreveu Wallace no seu site. “Segundo a informação disponibilizada, cerca de 750.000 canções foram removidas, a grande maioria das quais parece ter usado a Distrokid para distribuição. Até ver, nenhum artista de uma grande editora foi afectado, nem nenhuma música de uma grande editora foi retirada como parte desta purga.” O Spotify, por seu lado, afirma não ter como alvo os usuários que usam a DistroKid, embora não tenha elaborado acerca dos critérios usados para determinar se um artista estava a aumentar os seus streams de forma ilegal.
Wallace, que é um advogado bastante requisitado no mundo da música, afirma que esta campanha de remoção parece ser “direccionada a qualquer artista independente que tenha usado uma lista de reprodução de terceiros ou serviço de marketing independente para promover a sua música — ou qualquer publicidade de terceiros fora da plataforma Spotify. Nem vale a pena mencionar que cada uma das grandes gravadoras, Sony, Universal e Warner Music, tem uma participação no Spotify“.