O terceiro álbum de SPIRALIST afirma-se como uma viagem terapêutica por traumas, revelações e redenção emocional – com estreia ao vivo marcada para o Maus Hábitos, no Porto, a 30 de Maio.

Foi editado hoje, com o selo da Raging Planet, o novo e muito aguardado álbum dos SPIRALIST, projecto liderado por Bruno Costa. Intitulado «Violent Feathers», este é o terceiro registo de longa-duração com a assinatura do músico e compositor português e representa um passo crucial na consolidação de uma identidade musical profundamente pessoal.

Concebido como uma espécie de terapia em formato de canção, «Violent Feathers» não é apenas um registo sonoro – é um diário emocional, uma catarse criativa e uma viagem densa pelo lado mais escuro da experiência humana. Escrito e executado maioritariamente por Bruno Costa, o LP apresenta-se como um verdadeiro exorcismo íntimo. Cada faixa é descrita como uma peça de um puzzle emocional, onde memórias, dores e epifanias ganham forma através da música.

“É preciso cair para nos levantarmos com mais força”, lê-se no manifesto que acompanha o lançamento – uma ideia que serve de chave para perceber o espírito de um álbum que procura compreender, aceitar e, por fim, transformar o sofrimento em arte. A sonoridade de «Violent Feathers» navega entre extremos: da tranquilidade quase etérea à violência sonora, do industrial ao metal, do rock alternativo à electrónica, com uma forte marca estética que remete para os anos 90.

É este jogo de contrastes serve como metáfora sonora para os estados de alma que este disco de SPIRALIST explora, oferecendo ao ouvinte uma experiência envolvente, cinematográfica e profundamente recompensadora em múltiplas audições. Ao longo do álbum, o artista não está completamente só. As canções contam com contribuições de Benjamim Gomes nos ruídos, Daniel Sampaio no efeito vocal da densa e inquietante «Death Throes», Graça Carvalho nos violinos da pungente «Closure», João Pedro Amorim nas trompetes (também em «Death Throes»), José Soares na bateria e Sofia Magalhães nas vozes de «Underbelly».

Os arranjos vocais e a gravação adicional – incluindo bateria, vozes e cordas – ficaram a cargo de Daniel Valente. O álbum foi gravado nos estúdios Caos Armado, entre setembro e Dezembro de 2023. Depois, a sonoridade foi refinada por duas figuras de peso: a mistura ficou a cargo de Ricardo Borges, enquanto a masterização foi entregue ao reconhecido Tony Lindgren, nos Fascination Street Studios, na Suécia – local onde já passaram nomes como Katatonia, Opeth ou Leprous.

Já o universo visual do disco – capa, videoclipes, fotografia e elementos gráficos – ficou nas mãos da dupla Alexandra Santos e André Constante Carvalho, sob a designação MESTRIA, cuja sensibilidade estética completa a narrativa sensorial de «Violent Feathers». Para celebrar esta nova etapa, SPIRALIST apresenta o disco ao vivo no próximo dia 30 de Maio, no Maus Hábitos, no Porto. Um concerto que se antecipa como um ritual partilhado, onde as emoções vão ganhar volume e os fantasmas pessoais se vão transformar em comunhão.