SOULFLY
Max e o death metal

Quem já ouviu «World Scum», o primeiro avanço ao novo disco dos Soulfly, foi apanhado de surpresa pela abordagem brutal patente no tema. Sejam ou não seguidores do que Max Cavalera na fase pós-Sepultura, preparem-se para uma surpresa ainda maior porque, aparentemente, é essa a linha que «Enslaved» segue no geral. O primeiro álbum do projecto com a sessão rítmica composta pelo baxista Tony Campos (ex-Asesino e Static X) e pelo baterista David Kinkade (ex-Borknagar, Arsis e Malevolent Creation) é, segundo o Cavalera mais velho, “o disco mais extremo que os Soulfly fizeram até à data”. «Gladiator», o segundo tema disponibilizado para satisfazer os mais curiosos, promete deixar mais uns quantos de queixo caído.

Escrito em pouco mais de duas semanas e produzido pelo muito requisitado Zeuss (nome associado aos Hatebreed e Shadows Fall, entre muitos outros), «World Scum» vai beber muita a inspiração ao thrash e death metal que o músico brasileiro, há muito radicado nos Estados Unidos, consumiu nos anos 80 e 90. “Dei por mim a ouvir muito death metal durante o processo de composição deste álbum”, revelou o músico numa entrevista recente ao site da editora Roadrunner Records. “E ouvi sobretudo as bandas mais antigas; os Morbid Angel, os Death, os Massacre, os Dark Angel, os Possessed e toda essa música boa. Basicamente foi daí que veio a inspiração para muitos riffs, desse death metal antigo com que cresci. Na verdade, o que fiz foi tentar criar um álbum que captasse o espírito do death metal na transição dos anos 80 para os anos 90”.

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