SOULFLY

SOULFLY juntam-se a Todd Jones, dos NAILS, no novo single «Nihilist» [vídeo-clip]

«Chama», o regresso abrasador dos SOULFLY, chega em Outubro e promete unir o passado tribal e a fúria contemporânea de Max Cavalera.

Recentemente, os SOULFLY voltaram à carga com o anúncio do seu décimo terceiro trabalho de estúdio, intitulado «Chama», com data de lançamento agendada para o dia 24 de Outubro através da Nuclear Blast Records. O novo LP de Max Cavalera e companhia vem reafirmar a essência tribal e incendiária da banda, trazendo um conjunto de temas que exploram tanto a herança espiritual como a raiva contra os males do mundo moderno.

Para abrir caminho a este lançamento, o grupo partilhou logo um primeiro single, intitulado «Storm The Gates», sucedido agora pela devastadora «Nihilist», que conta com uma participação especial de Todd Jones, vocalista e guitarrista dos NAILS. Importa aqui referir que a ligação entre Max Cavalera e Jones não é nova. Em 2019, os NAILS convidaram o vocalista dos SOULFLY para participar no tema «Endless Resistance», uma das faixas mais intensas da banda californiana. Mais recentemente, a dupla já tinha dividido palco em versões ao vivo de clássicos dos SEPULTURA, cimentando uma cumplicidade que agora volta a traduzir-se em estúdio.

“A letra deste tema foi inspirada no LG dos Entombed e Nihilist”, revela o líder e estratega dos SOULFLY. “Ele deixou-nos em 2021 e foi, desde sempre, uma enorme influência para mim. Esta é uma das canções mais pesadas do disco e adoro o facto de termos ido à Bulgária gravar o vídeo-clip. O Todd Jones, dos Nails, é o convidado especial, e entrega a linha mais dura do álbum: ‘I don’t believe in anything!’.

«Nihilist» surge assim como mais um exemplo da vitalidade criativa de Max Cavalera, que ao longo de décadas tem sabido cruzar diferentes correntes do metal extremo, seja nos primórdios com os SEPULTURA, nas sonoridades tribais dos SOULFLY ou na crueza dos CAVALERA CONSPIRACY. O novo tema destaca-se pela ferocidade vocal de Jones, cujo timbre abrasivo contrasta e, ao mesmo tempo, complementa a abordagem visceral de Cavalera, criando um diálogo brutal entre duas das vozes mais implacáveis da cena contemporânea.

«Storm The Gates», o primeiro avanço para «Chama», assumiu-se como grito de guerra contra o todo e qualquer tipo de controlo, oferecendo uma crítica contundente à ganância com que temos de lidar no dia a dia. O tema, descrito pela própria banda como “um petardo de som pesado, primal e implacável“, viu a luz do dia através de um lyric vídeo criado por Costin Chioreanu, conhecido pelo seu trabalho visual no universo do metal extremo.

Num comunicado de imprensa, Max Cavalera explicou a escolha do título do álbum: “Chama é a palavra brasileira para chama, mas também significa ‘um chamamento’. Respeito ao Alex Pereira por usar a «Itsari» nas suas entradas no UFC. «Chama» é inspirado pela energia desses momentos. Este LP é o som do fogo SOULFLY! Mal posso esperar para tocar estas músicas ao vivo para a nossa tribo. Chama!”. A referência a Pereira, campeão de artes marciais mistas, reforça a ligação entre a música e a combatividade, um dos traços identitários do legado dos SOULFLY.

O papel da família Cavalera mantém-se central neste novo capítulo. Zyon Cavalera, baterista e filho de Max, teve aqui uma participação alargada, não apenas na performance, mas também na produção do álbum. O próprio sublinha: “Com cada disco dos SOULFLY em que participei, consigo sentir a minha evolução em tempo real. Este não foi diferente, já que tive a oportunidade de assumir uma boa parte da produção pela primeira vez. Tentar levar a banda a lugares onde nunca tinha estado antes foi um prazer e estou ansioso por fazer mais trabalho de produção no futuro!”.

Gravado nos Platinum Underground Studios, em Mesa, no Arizona, com engenharia de John Aquilino, o álbum contou com produção de Zyon Cavalera em parceria com Arthur Rizk, responsável também pela mistura e masterização. Rizk, conhecido pela sua colaboração com vários projectos ligados à família Cavalera e pela influência que tem exercido no metal moderno, surge como peça fundamental na consolidação do som de «Chama».

A componente visual do disco foi entregue a Carletta Parrish, que assinou a arte da capa, enquanto a formação em estúdio ficou completa com contribuições familiares e de longa data. O baixista Igor Amadeus Cavalera (dos Go Ahead & Die, Nailbomb e Healing Magic) e o guitarrista Mike De Leon juntaram-se ao núcleo criativo, com a participação especial de Dino Cazares ( dos Fear Factory) num dos temas, reforçando o peso e a diversidade do registo.

O single de avanço, «Storm The Gates», deixa antever um disco marcado pela intensidade e pelo sentido de unidade. Mais do que apenas uma faixa de impacto, a canção surge como manifesto daquilo que os SOULFLY pretendem oferecer em 2025: uma fusão entre raízes tribais, agressividade contemporânea e a chama criativa que tem mantido a banda relevante ao longo de quase três décadas. Outubro marcará, assim, não apenas a chegada de um novo disco, mas o reacender de uma chama que nunca deixou de arder no coração desta tribo.

01. Indigenous Inquisition | 02. Storm The Gates | 03. Nihilist | 04. No Pain = No Power | 05. Ghenna | 06. Black Hole Scum | 07. Favela / Dystopia | 08. Always Was, Always Will Be… | 09. Soulfly XIII | 10. Chama