SONIC BLAST MOLEDO 2018: Dia 1 [reportagem]

Quando um festival tem uns SOLAR CORONA para abrir o primeiro dia, logo à hora de almoço, só pode ter um grande cartaz. Com a piscina aberta, o espaço encheu-se rapidamente para ver os DESERT SMOKE e quando os espanhóis ATAVISMO subiram ao palco já estava complicado circular, numa excelente tarde de Verão. Os ASTRODOME e os seus devaneios musicais levaram o pessoal ao rubro, mas o psych rock com pitadas de Hendrix dos ELECTRIC OCTOPUS colocou muita gente a dançar, enquanto outros se dirigiam para o acesso ao palco principal.

Atavismo
Atavismo
Astrodome
Astrodome
Electric Octopus
Electric Octopus

Colocar os CONAN a tocar de dia é crime, mas alguém teria de o fazer e o trio inglês até tirou os habituais hoodies para enfrentar o Sol. Pelo meio do excelente concerto, Jon Davis ainda teve tempo para uma versão, daquela que, nas suas palavras “foi a melhor banda saída de Inglaterra“, Fudge Tunnel. Seguiram-se os italianos UFOMAMMUT, hipnóticos, num registo diferente dos Conan, mas como que os completando. Os NEBULA estão de regresso e poderão ser desconhecidos para muitos, mas colocaram a palavra ROCK no SONIC BLAST MOLEDO deste ano. Já mais calmos foram os CAUSA SUI, com a sua música quase de porcelana, que agradou à esmagadora maioria presente, neste festival com lotação esgotada. Foram também eles a tirar melhor partido das luzes, numa actuação que ficará na memória de muitos. Os SAMSARA BLUES EXPERIMENT, por seu lado, exploraram uma vertente mais… bluesy, pois claro, complementando a experiência proporcionada pelos Causa Sui num fecho perfeito para o festival.

Conan
Conan
Ufomammut
Ufomammut
Nebula
Nebula
Causa Sui
Causa Sui
Samsara Blues Experiment
Samsara Blues Experiment

No entanto, a última banda da noite foram os MANTAR — e funcionaram como um verdadeiro murro no estômago para quem estava a flutuar com o som das duas bandas anteriores. “We know it’s a hippie festival, but you should pick up a fight, it’s Friday night“, atirou o vocalista/guitarrista Hanno para a plateia e o que se seguiu foi pura agressão sonora, num dos concertos do ano. Algures em Moledo, um unicórnio branco acabara de ser devorado por uma negra besta infernal!

Mantar
Mantar