Esta semana, os muito aplaudidos SOEN regressaram a Lisboa para mais uma actuação irrepreensível.
Em noite de feriado, o público compareceu em massa para assistir a este regresso dos suecos SOEN a Portugal. A banda trazia na bagagem o mais recente «Memorial», que é um excelente disco, e foi ao som de «Sincere» que os músicos iniciaram a actuação. De resto, o alinhamento centrou-se maioritariamente nos dois últimos discos de estúdio do grupo e, além dos cinco temas retirados de «Memorial», o anterior «Imperial» viu-se representado ao longo da noite também por cinco canções.
Num concerto sem momentos mortos, Lars Åhlund teve direito a brilhar quando tocou a introdução de «Unbreakable» e o segundo guitarrista, Cody Ford, que se revelou-se uma excelente adição à banda em 2018, mostrou toda a sua capacidade musical neste concerto em Lisboa. Claro que o maior foco continua a centrar-se essencialmente no vocalista Joel Ekelöf, que é um dono de uma excelente voz e presença, e claro, no baterista Martin Lopez; mesmo atrás da enorme bateria, o ex-OPETH marca o ritmo dos SOEN de forma incrivelmente coesa.
Gozando de um som limpo e sem falhas ao nível dos desempenho individual, os músicos assinaram uma prestação irepreensível e, no encore, os fãs ainda puderam optar entre «Jinn» e «Lunacy», com a escolha a recair sobre a primeira e a noite a encerrar ao som de «Violence», mais um tema de «Memorial».
Ainda antes dos suecos SOEN, subiram ao palco os MOLYBARON. Oriundos de França, mas liderados por um irlandês, Gary Kelly, os músicos optam por uma sonoridade mais roqueira, mas com tons épicos, com destaque logo para a abertura ao som de «Something Ominous» e «Set Alight». Ao longo da actuação, foram sempre pedindo a participação do público, que retribuiu de forma bem entusiasta, e finalizaram o alinhamento com «Vampires» e «Incognito».
A abrir a noite, estiveram os italianos TERRA, que misturam metal com instrumentos tradicionais e criam um som quase tribal em certos momentos. Basicamente, foram trinta minutos sempre em crescendo, que foram conquistando progressivamente a plateia e, provavelmente, até lhes valeram alguns fãs novos.