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SODOM: Lançam vídeo-clip para a ‘versão 2.0’ de «Wachturm» [streaming]

Os lendários SODOM vão lançar uma reedição expandida (e remasterizada) do álbum «Tapping The Vein», originalmente editado em 1992.

Trinta e dois anos é muito tempo para qualquer pessoa, mas, se perguntarem a Tom Angelripper, o mais provável é que o músico vos diga que as mais de duas décadas que “voaram” desde a edição original do sexto álbum da banda, o clássico «Tapping The Vein», passaram num piscar de olhos. No entanto, com o preço do LP original a disparar no universo dos coleccionadores e discussões acesas entre os fãs sobre se uma reedição alguma vez se concretizaria, chegou finalmente a hora de dar uma nova vida àquele que, a par de «Agent Orange» e «Persecution Mania», parece ser o álbum favorito dos fanáticos dos SODOM.

Com lançamento agendado para o próximo dia 15 de Novembro através da Noise/BMG, a “versão 2024” do «Tapping The Vein» vai ser disponibilizada numa série de formatos distintos e a edição não podia ser mais completa. Incluindo o álbum original totalmente remasterizado, o lançamento inclui também uma versão remisturada feita por Andy Brings, que apresenta alguns takes alternativos adicionais de três dos temas do álbum. Além disso, a versão super deluxe inclui três registos de concertos da época: Tóquio em 1992, Düsseldorf em 1992 e Colónia em 1992, a última actuação de Chris Witchhunter com os SODOM.

Na altura, para nós, era apenas mais um álbum”, diz Tom Angelripper, o único membro original dos SODOM, que passaram este ano por Portugal. Por seu lado, o guitarrista Andy Brings, que tinha 20 anos e ainda andava na escola quando se juntou à banda em 1991, acrescenta: “Não são as bandas que determinam o que se torna um culto, são os fãs. Simplesmente aconteceu e estamos muito orgulhosos disso. Hoje em dia, há miúdos de 18 anos que vêm ter comigo e dizem-me o quanto adoram este álbum“.

Verdade seja dita, o «Tapping The Vein» acabou por revelar-se um álbum marcante para os SODOM: por um lado, foi o último LP a contar com os préstimos do baterista original Chris Witchhunter, por outro, foi também uma declaração de intenções brutal de um dos criadores do thrash, numa altura em que muitos dos seus pares se desviaram do seu caminho original, tornando-se demasiado higienizadas e cedendo às novas tendências. O trio alemão decidiu ir na direcção oposta e lançou aquilo a que muitos fãs chamam “o álbum de death metal dos Sodom”, embora ninguém na banda ouvisse death metal na altura.

Nós apenas fizemos o que fizemos, sem prestarmos atenção ao que acontecia à nossa volta“, explica Tom Angelripper. “O Andy juntou-se à banda e criámos estas canções fantásticas num instante. Tudo aconteceu muito rápido. Não havia distracções, apenas música”. Brings acrescenta: “O «Tapping The Vein» é resultado de pura inspiração. Eu era jovem, estava faminto e cheio de energia e tinha muitas ideias. Tudo isso ressoou com o Tom e o Chris, que queriam mostrar a toda a gente quem estava realmente no comando do thrash.” A reedição de «Tapping The Vein» já está em pré-venda na loja virtual dos SODOM.